Aliados dos EUA liberarão cerca de 60 milhões de barris de petróleo das reservas
Os aliados dos Estados Unidos planejam liberar cerca de 60 milhões de barris adicionais de petróleo de suas reservas, disseram autoridades familiarizadas com o assunto, juntando-se ao governo Joe Biden em um esforço para controlar os preços que subiram acentuadamente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. A decisão deve ser anunciada até o final da semana.
Os 31 países membros da Agência Internacional de Energia – que incluem os EUA, a maior parte da Europa, Austrália, Japão, México e outros países – estão planejando anunciar uma nova liberação de reservas totalizando 120 milhões de barris, disseram autoridades, a maior liberação na história de 47 anos da AIE (Agência Internacional de Energia). Cerca de metade desse montante de 120 milhões virá das reservas dos EUA, que foram incluídas na decisão anunciada anteriormente por Washington de liberar 180 milhões de barris de petróleo ao longo de seis meses.
Esses barris devem ser lançados ao longo de seis meses para acompanhar a programação dos EUA, disse um funcionário. As nações da AIE anunciaram em 1º de março a liberação de 60 milhões de barris – incluindo 30 milhões de barris dos EUA – no que foi então a maior liberação de reservas da agência.
Os contratos futuros do Brent (junho) e do WTI (maio) caíram com força, de quase 5%, após o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, informar tal medida em sua conta no Twitter, mas sem detalhar datas e países envolvidos.
Autoridades ocidentais esperam que as liberações amparem suas economias, já que muitos países estão parando de comprar petróleo da Rússia, o segundo maior exportador de petróleo bruto do mundo e o terceiro maior produtor. Os EUA já impuseram sanções às importações de petróleo da Rússia, enquanto os países europeus estão debatendo se devem fazê-lo também. A Europa depende de Moscou para cerca de um quarto de suas importações de petróleo.
A Índia, enquanto isso, está intervindo para comprar petróleo russo com grandes descontos que não consegue mais encontrar um lar nos EUA ou em alguns países europeus.
