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Bioquerosene

Conferência discute futuro dos biocombustíveis na aviação no Brasil


Assessoria de Imprensa Embrapa - 12 set 2012 - 15:07 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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O debate sobre a viabilidade técnica e financeira do desenvolvimento de biocombustíveis em substituição ao querosene de aviação convencional e o atual estágio das pesquisas são alguns dos temas que serão debatidos na Conferência sobre Biocombustíveis para Aviação no Brasil. Realizada na Embrapa Estudos e Capacitação em Brasília até a próxima sexta-feira (14), a Conferência, terá a presença de dirigentes de órgãos do governo e instituições privadas nacionais e internacionais, assim como pesquisadores.

Após o painel de abertura, a conferência seguirá dividida em dois eventos distintos: o 5º Workshop do Projeto Biocombustíveis Sustentáveis para a Aviação no Brasil; e o Simpósio Nacional de Biocombustíveis de Aviação.

O workshop é a quinta das sete reuniões previstas pelo acordo entre a Boeing, Embraer e Fapesp, anunciado em outubro de 2011, para análise da viabilidade do estabelecimento no Brasil de um centro de pesquisas focado no desenvolvimento de biocombustível sustentável para aviação. O Simpósio é organizado pela Embrapa.

Segundo Donna Hrinak, presidente da Boeing no Brasil, “o desafio é conciliar os interesses da agricultura, dos pesquisadores acadêmicos, dos especialistas ambientais, refinarias e empresas aeroespaciais de todo o mundo e, assim, estabelecer a infraestrutura local necessária para o desenvolvimento de uma indústria de biocombustíveis sustentável e economicamente viável”.

“Esta indústria que agora surge representa uma oportunidade para o Brasil, pois parte da redução de emissões pretendida pode ser conseguida com o desenvolvimento de aviões e turbinas mais eficientes. O grande potencial de redução, entretanto, está no combustível utilizado”, diz Luiz Augusto Barbosa Cortez, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp e coordenador adjunto de Programas Especiais da FAPESP. Cortez coordena os estudos que deverão tornar viável o centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação comercial, com participação das três instituições, com base no modelo do Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), da FAPESP.

“O bioquerosene é uma fonte sustentável de energia para o setor de aviação”, afirmou o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior. “Nós, da Embrapa, estamos nos integrando a outros centros de pesquisa nacionais e internacionais para o desenvolvimento de tecnologias de produção, além de definição e desenvolvimento de padrões de qualidade para biocombustíveis de aviação”.

Existem grandes desafios para as pesquisas dos biocombustíveis da aviação, dentre os quais a necessidade de um combustível com padrão mundial independente da matéria-prima ou rota tecnológica adotada, compatível com os motores já existentes e que possa abastecer os aviões em qualquer lugar do mundo.

A Embraer, Boeing e outras grandes empresas do setor estão comprometidas com o desenvolvimento de soluções que agreguem valor à cadeia e garantam a sustentabilidade da industria de aviação. “Por meio de nossa participação neste projeto, a Embraer confirma o papel que sempre teve no crescimento da base de conhecimento tecnológico do Brasil e na transformação do país em uma plataforma de inovação cada vez mais competitiva", diz Mauro Kern, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer.