Companhia dos EUA apresenta projeto para construir fábrica de SAF no Paraná
A empresa americana Satarem America Inc., companhia especializada em soluções para os setores de cimento, energia e sustentabilidade, apresentou ao vice-governador do Paraná, Darci Piana, projeto para construir uma fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) na cidade de Maringá.
Em nota, o governo do Estado informou que o investimento para instalação da fábrica será de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões), com previsão para entrar em operação em dezembro de 2028.
“É mais uma empresa que vem trazer 800 empregos diretos, outros 2 mil a 3 mil indiretos ao Paraná. E ela produz combustível de aviação, um produto que tende a crescer na medida em que as companhias aéreas têm obrigação mundial de chegar em 2050 zerando as emissões de gases de efeito estufa. Para isso, vão precisar usar todo o combustível que a SAF vai fazer em Maringá”, disse, em nota, o vice-governador.
De acordo com a apresentação da Satarem, as empresas aéreas vão precisar usar 71% de SAF em seus aviões para alcançarem a meta internacional de zerar as emissões de carbono. “Mercado existe. Condições para crescer também existem, é a primeira fábrica, mas já estão falando na construção de uma segunda. Imagine quanto isso ainda vai crescer e ajudar Maringá, toda a região, e o Paraná”, complementou Piana.
De acordo com o CEO da Satarem, Jerome Friler, já foram realizados parte dos estudos técnicos e o objetivo agora é finalizar a compra do terreno, que fica na divisa entre Maringá e Sarandi. O processo de financiamento e emissão da documentação necessária deve seguir até meados de 2026. A partir daí, a construção da fábrica será imediata.
“Esse projeto é muito importante para nós. É o maior investimento feito pela nossa companhia, nesse momento, na América Latina. Maringá é um ótimo lugar para a produção da SAF, por causa da disponibilidade de etanol, estrutura e um bom acesso a meios de exportação, por rodovia e ferrovia até o porto de Paranaguá”, afirmou Friler.
Boa parte do que for produzido nesse primeiro momento será destinado à exportação, mas a intenção da Satarem é que uma parcela seja utilizada pela aviação local. Uma segunda planta está nos planos, ampliando a capacidade de produção e, consequentemente, também o consumo de matérias-primas da região, como biogás oriundo da atividade pecuária, por exemplo.
Paulo Santos – Globo Rural