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Preços do óleo de palma em queda


BiodieselBR.com - 26 set 2011 - 14:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:17

Pela primeira vez em três anos, os preços do óleo vegetal mais consumido do mundo – o óleo de palma – estão em queda. Os preços melhores são resultado de uma combinação entre clima favorável ao plantio nas principais regiões produtoras de palma e de demanda enfraquecida pelo desaquecimento da economia global.

A expectativa é que, por volta de dezembro, o preço da tonelada do óleo de palma atinja a faixa dos US$ 880 no mercado da Malásia, referência mundial para o preço dessa commodity. O dado foi levantado por uma pesquisa realizada com especialistas do mercado pela agência de notícias especializada em economia e finanças Bloomberg, durante a Conferência Globoil que começou ontem na cidade indiana de Mumbai.

Os contratos com prazo para dezembro no mercado futuro da Bolsa de Derivativos da Malásia caíram 2,8% na semana passada. É a maior queda desde junho passado. “As altas recentes nos preços afetaram a demanda, o que é confirmado pela desaceleração nas vendas e esmagamento”, declarou à Bloomberg o diretor executivo da Oil World, Thomas Mielke, para quem os preços só deverão começar a se recuperar a partir de janeiro que vem.

Segundo o diretor da Godrej International, Dorab Mistry, que tem 30 anos de experiência no mercado de óleo de palma, a produção deverá atingir seu pico até o final de outubro, aumentando os estoques globais do produto. Entre janeiro e agosto, o volume de produção da Malásia ficou 8,2% acima do registrado no ano passado. Somado a esse aumento da produção, as exportações malaias durante os primeiros 25 dias de setembro ficaram em 1,2 milhões de toneladas, 11,9% a menos que no mesmo período do mês anterior.

No total deverão ser produzidas 44,5 milhões de toneladas de óleo de palma este ano – 19 milhões da Malásia e 25,5 da Indonésia – um aumento de 9 milhões de toneladas em relação a 2010. No mesmo período a demanda cresceu 6,5 milhões de toneladas. “O aumento da oferta superou o aumento da demanda pela primeira vez em três anos. Isso é muito significativo”, comenta Mistry.

Planos da Indonésia de baixar os impostos de exportação de óleo de palma refinado para 10% a partir de outubro podem ajudar a segurar as cotações. O governo de Jacarta cobra até 22,5% de impostos sobre as exportações de óleo bruto.

A queda nos preços ajuda a aliviar alta mundial nos níveis de inflação dos gêneros alimentares. A ONU calcula que a comida ficou 26% mais cara ao longo do último ano.

BiodieselBR com informações da Bloomberg

Tags: Dende Palma