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Biodiesel

Suíça e Brasil discutem OMC e biocombustível


swissinfo - 29 mar 2006 - 05:50 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

O ministro da Agricultura do Brasil esteve na Suíça para reunião na OMC, em Genebra, e fez uma conferência em Zurique, aos membros da Câmara Latino-Americana de Comércio na Suíça.

Eles falaram da próxima reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em dezembro, em Hong Kong, mas também da possibilidade da Suíça importar biocombustível do Brasil.

"O restante terá de ser importado e poderia ser do Brasil, por exemplo", afirmou a swissinfo Pierre Schaller, diretor da Alcosuisse, uma autarquia ligada à administração federal, autora do projeto Etha+. O etanol produzido na Suíça, mesmo para atender a apenas um-quarto da demada, seria muito mais caro que o brasileiro mas daria um alento aos agricultores suíços.

"Coloquei ao ministro Deiss a visão brasileira do etanol. Pensamos que ele terá uma posição relevante por causa dos preços e da diminuição de estoques de petróleo e da questão ambiental", afirmou Roberto Rodrigues.

O assunto já fora abordado entre ambos em Brasília, em 2003. Joseph Deiss respondeu que a questão está em estudo na Suíça e que possivelmente terá uma boa posição como consumidora, no futuro.

"De qualquer forma, nas negociações em curso entre a União Européia e o Mercosul, está prevista uma quota para etanol que promete ser interessante. Mas a Suíça é um país que forma opinião perante o mundo, que tem grande precupação com a questão ambiental, e eu penso que importanto biodiesel ou etanol do Brasil daria uma importância para o produto a nível mundial", precisou o ministro da Agricultura.

Em relação às conversas iniciadas em Brasília com o ministro Deiss, Roberto Rodrigues constatou uma "receptividade melhor, como em outros países", devido a questão ambiental e aos preços do petróleo. "Acho que a Suíça também vai caminhando para o biocombustível com mais firmeza", conclui o ministro brasileiro.

Claudinê Gonçalves