Planta-piloto entra em operações em junho

Uma planta-piloto para desenvolver a tecnologia de produção do biodiesel deve entrar em operações em junho, em Curitiba. O galpão será construído na sede do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e, inclusive, já estão sendo fabricados os equipamentos que serão instalados no local. O laboratório tem por objetivo estudar a obtenção de biodiesel a partir de óleos vegetais e testar óleos potenciais.

''Teremos que eliminar as diferenças entre os óleos e adaptar à produção do biodiesel'', explicou o químico Bill Jorge Costa, gerente da Divisão de Biocombustíveis e um dos coordenadores do Centro Brasileiro de Referência em Biocombustíveis (Cerbio). Segundo ele, a produção de biocombustível é regulamentada pela resolução 42/04 da Agência Nacional do Petróleo, que define os parâmetros físico-químicos do produto.

Costa explica que o biocombustível quase não provoca danos ao meio-ambiente e suas características são similares as do óleo diesel tradicional. Por isso, o produto pode ser usado sem modificações profundas no motor do veículo. ''Hoje, o óleo de soja está mais disponível no Paraná, mas estamos estudando alternativas como girassol, nabo forrageiro e o algodão, que já são produzidos no Estado'', comenta.

Até agora, pesquisadores do Tecpar compravaram que o óleo de soja apresenta menor estabilidade à oxidação e, por isso, tem que ser aditivado para atender a produção. Já o nabo forrageiro tem mais características para a oxidação. No Brasil, as pesquisas com biodiesel tiveram início na década de 70, mas foram retomadas há pouco tempo devido à alta do preço do petróleo. (F.M.)