Fundação de Tecnologia do Acre avança nas pesquisas de biodiesel e fitoterápicos
Conferindo os resultados da aplicação de suas emendas parlamentares, o senador Sibá Machado esteve visitando os laboratórios de fitoterápicos, florestais, biodiesel, energia alternativa da Funtac durante a manhã de ontem.
Ele aproveitou a passagem para reunir-se com o presidente da Funtac, César Dotto, e com pesquisadores para conhecer os resultados dos estudos e da montagem dos laboratórios que vêm sendo montados com recursos providos por suas emendas com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnologias que permitam a obtenção de energia limpa para o Acre.
Emendas aprovadas por esforço do senador Sibá no Orçamento Geral da União de 2005 garantiram ao repasse de R$ 537 mil para financiar a construção como também a compra de equipamentos e gastos com pesquisas no laboratório de Fitoterápticos e Sementes Florestais, Laboratório de Biodiesel e Fontes de Energia Renovável que estão em fase de conclusão.
A farmacêutica e pesquisadora Sílvia Luciane Basso, que gerencia o laboratório de Fitoterápticos e Óleos extraídos da floresta, explicou: “Nós estamos realizando testes de controle de qualidade e pureza dos óleos vegetais com potencial para ser utilizados como biodiesel e na produção de fitoterápticos ou cosméticos. Os primeiros resultados são animadores, como é caso do sabonete de quina-quina no combate dos piolhos ou o de melão de São Caetano para a cura de coceiras na pele. Também contribuímos para melhorar e patentear a fórmula do xampu Esperança que ajuda a fazer crescer cabelos nos carecas”. Sobre o balcão de seu laboratório dezenas de sabões, xampus e diversos remédios tradicionais estão em teste para poderem ser comercializados.
Diante dos resultados animadores César Dotto presidente da Funtac esclareceu que: “A aplicação das modernas técnicas de laboratório aliada ao conhecimento tradicional vem produzindo resultados muito bons, mas é preciso agir sempre com cautela, como por exemplo no caso do biodiesel em que testamos a qualidade dos óleos extraídos de produtos da floresta e mandamos amostras para analisar seus resultados como combustível para que sejam feitas em Belém, pois consideramos que, por enquanto o custo benefício da instalação de um laboratório desse tipo ainda é baixo”.
Já o senador Siba Machado ouviu com atenção as exposições dos pesquisadores e então declarou que: “Os resultados das pesquisas são muito bons e o mercado do Brasil e do mundo espera por nossos produtos, mas o que me preocupa é que nossos empresários ainda não se animaram a investir nesse campo que não está recebendo a atenção que merece. Nosso desafio é mostrar a eles que dá para ganhar muito dinheiro explorando racionalmente e de maneira sustentável os recursos da nossa floresta”.
Complementando sua linha de pensamento, ele esclareceu que: “Todos esses produtos permitem incluir ações da matriz comunitária a fim de que os pequenos produtores agroflorestais melhorem sua alimentação e a renda familiar. Esse é um dos principais motivos pelos quais estamos investindo recursos em projetos como estes”.
Juracy Xangai
