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Biodiesel

Petrobras não utilizará pinhão manso em usina de Montes Claros


Hoje em Dia - 01 fev 2007 - 18:33 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

A Petrobrás iniciou oficialmente ontem as obras da usina de biodiesel de Montes Claros, em área de 103 mil metros quadrados no Distrito Industrial. A empresa recebeu o terreno da Prefeitura e deu início, através da construtora Intecnial, ao desmatamento e terraplenagem do local, estimando começar a construção do prédio em março. O investimento é de R$ 75 milhões e deverá gerar entre 200 a 250 empregos durante a construção, além de 20 mil na produção de matéria-prima e do óleo. A usina deverá refinar 50 mil toneladas de óleo por ano, a partir de janeiro de 2008.

O cronograma da unidade de produção de biodiesel em Montes Claros sofreu atrasos em relação à de Candeias, na Bahia, devido à demora em conceder a licença ambiental, mas está bem adiantada em relação à usina de Quixadá, no Ceará, disse o gerente da usina, Júlio César Monteiro.

Na solenidade que deu início às obras da usina em Montes Claros, ontem à tarde, a surpresa foi o anúncio de que a unidade montes-clarense não iria beneficiar, pelo menos inicialmente, o pinhão manso, produto cuja produção está sendo bastante incentivada em todo o Norte de Minas para ser a principal opção de matéria-prima para a usina. Monteiro garantiu o refino de óleos de mamona, amendoim, algodão, soja e gergelim, o que vai demandar 40 mil hectares plantados destas culturas. O gerente da usina explicou que o pinhão manso está em fase de estudos e que poderá ser utilizado depois.

Para atingir uma meta de 5 mil toneladas de óleo de mamona, Monteiro adiantou que serão necessários 12 mil hectares da oleaginosa. E anunciou ainda que as unidades de moagem serão montadas pelos produtores.