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Leilão 22: Cadê a oferta?


Edição de Jun / Jul de 2011 - 24 jun 2011 - 08:24 - Última atualização em: 19 jan 2012 - 10:09
Falta de ofertas e diferença de preço entre os lotes marcaram a disputa das usinas

Fábio Rodrigues, de São Paulo

Entre os dias 24 e 26 de maio aconteceu o 22º Leilão de Biodiesel da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que comercializou 700 milhões de litros de biodiesel, movimentando R$ 1,54 bilhão. O preço médio foi de R$ 2,207 por litro. Este foi o maior leilão já realizado, tanto em volume arrematado como em valores negociados. Mas o que mais chamou a atenção foi a falta de concorrência no primeiro dia e o descolamento entre os resultados dos lotes 1 e 2 – eles parecem não ter sido disputados pelo mesmo setor.

No primeiro dia, a competição foi amena, com pouquíssima disputa em cada item e ofertas próximas aos valores de referência definidos pela ANP. No segundo lote, com a participação da ADM, que nunca fez parte da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), as ofertas começaram a acontecer. A disputa foi encerrada no final do dia 25 e o preço médio dos últimos 140 milhões de litros ficou em R$ 2,02.

O motivo da diferença recorde pode não estar relacionado com o baixo preço do lote 2, mas com a falta de disputa do lote 1. As usinas de biodiesel terminaram a fase de lances da primeira etapa do pregão satisfeitas com uma ocupação média de apenas 47,81%. Esse desinteresse em elevar a ocupação das unidades garantiu o deságio pequeno.