PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
019

Notas: canola, curso gratuito e mistura


Edição de Out / Nov de 2010 - 15 out 2010 - 11:07 - Última atualização em: 22 dez 2011 - 16:13


MATÉRIA-PRIMA - Campos de canola


Terceira oleaginosa mais plantada no mundo, a canola dá ainda os primeiros passos no Brasil. A área plantada para a safra 2010/2011, segundo a CONAB, é de 45,9 mil ha em todo o país, mas as perspectivas são de forte crescimento nos próximos anos. Com preço de mercado próximo ao da soja (R$ 35 a saca de 60 quilos) e custos de produção inferiores, produtores do Paraná e do Rio Grande do Sul estão aderindo ao cultivo da oleaginosa como alternativa para a safra de inverno. Neste ano, no Paraná, a área cultivada atingiu quase 13 mil hectares, o dobro do ano passado. Por trás desse aumento está a indústria de biodiesel. Em ambos os Estados, a usina BSBios está fomentando o plantio junto aos agricultores familiares, que têm garantia de compra da produção. No final de setembro a empresa promoveu evento em celebração à abertura da safra de canola no RS.


MERCADO DE TRABALHO - Biocombustíveis: curso gratuito

O Estado de São Paulo ganhou em agosto um curso superior de Tecnologia em Biocombustíveis totalmente gratuito. Na cidade de Matão, os alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) terão formação específica para trabalhar na pesquisa, produção e análise tanto de etanol como de biodiesel. A Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Palotina, também possui curso gratuito na área. Apesar de o setor ser estratégico para o país, faltam instituições que capacitem profissionais para atuar na cadeia produtiva.


MISTURA - Luta por outros “Bês”

Nunca na história do biodiesel houve tanta briga para aumentar o uso obrigatório do produto. O mercado congelado no diesel B5 está inquietando a indústria. Sobre o caso, a ANP se posicionou contra. No texto do projeto do marco regulatório dos biocombustíveis, a agência disse que estudos e pesquisas são obrigatórios antes de determinar o uso do B10. Já o Ministério do Desenvolvimento Agrário é favorável, desde que a indústria garanta em troca a participação da agricultura familiar em pelo menos 20% da matéria-prima adquirida, além de incentivar a diversificação das oleaginosas com garantia de preço. Tarefa complicada. Apesar dos obstáculos, os produtores receberam um alento no início de setembro, quando o presidente Lula sinalizou que estuda o B8 para 2013.