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O biodiesel e as perspectivas para a Mamona e o Pinhão-manso


Edição de Out / Nov de 2010 - 15 out 2010 - 15:25 - Última atualização em: 19 jan 2012 - 11:37
Mamona
A mamona tem cultivos comerciais que datam de mais de cem anos no Brasil. Estudada desde 1936 pelo Instituto Agronômico de Campinas, a mamona representou a esperança para a produção de oleaginosas no Semi-Árido.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicava em março uma área de 215 mil hectares a serem plantados na safra 2009/10, mas as estimativas foram revistas para 147 mil hectares. O motivo foi o clima desfavorável ao plantio desde o final de 2009 na Bahia, responsável por 75% da área semeada. “A área era para ser maior. Só o Ceará, por exemplo, estava preparado para plantar 75 mil hectares, mas teve que reduzir para 35 mil hectares por causa da falta de chuva”, comenta Beltrão.

O fato é que, desde o início do PNPB, a área plantada de mamona tem se mantido no mesmo patamar – o pico no período foi na safra de 2007/2008, quando atingiu 167 mil hectares. Os principais desafios para o avanço da cultura, segundo estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), são aumentar a oferta de genótipos comerciais, melhorar a difusão tecnológica e a assistência técnica, e estruturar melhor as relações entre os elos da cadeia produtiva.

Beltrão avalia que o desenvolvimento da cultura tem tudo para ganhar impulso nos próximos anos, por meio de iniciativas como a da Petrobras na região, que financia o plantio e compra a produção. A planta já esteve por muito tempo como uma das grandes promessas, mas nunca chegou a deslanchar.

Pinhão-manso
Como a cultura é nova, não há números oficiais de área plantada no Brasil. A última estimativa, feita pela Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão-Manso (ABPPM), apontava uma área de 80 mil hectares no ano passado. Para suprir uma demanda em evolução no Mapa, a Conab iniciou em maio um levantamento inédito sobre produção, área plantada e produtividade do pinhão-manso em áreas do Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

O principal entrave da cultura continua sendo a ausência de uma política agrícola estruturada para acelerar a sua domesticação.