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Notas sobre biodiesel


BiodieselBR.com - 17 jun 2007 - 12:18 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:08


Brasil: apenas 5º maior produtor

Ao contrário do que o governo divulgou, o Brasil não ocupa o terceiro lugar no ranking da produção mundial de biodiesel. O país terminou 2008 com uma produção de 1,16 bilhão de litros, ficando atrás de Argentina (1,19 bi), Estados Unidos (2,64 bi), Alemanha (2,7 bi) e possivelmente França, que ainda não divulgou os dados, mas deve ficar com produção em torno de 2 bilhões de litros. Apesar dos incentivos e do início da obrigatoriedade da mistura no diesel mineral (com 2% no primeiro semestre e 3% no segundo), o Brasil não conseguiu desbancar a produção argentina.


Setor amplia capacidade instalada

O setor de biodiesel no Brasil saiu de uma capacidade instalada de 3,76 bilhões de litros no final de 2008 para 4,18 bilhões de litros no segundo semestre de 2009. Essa elevação amplia a ociosidade da indústria, que mesmo com a vigência do B4 deve produzir este ano apenas 1,8 bilhão de litros. O salto na capacidade de produção aconteceu com a autorização da ANP para a ampliação das usinas da ADM (MT), BSBios (RS) e Granol (RS). Nos próximos meses ainda é esperado a ampliação de novas unidades e o início das operações da Bionasa (GO), com capacidade de 264 milhões de litros, e da Biobrax (BA), com mais de 100 milhões de litros. Esse crescimento do setor pode ser comparado, em menor escala, ao desenvolvimento ocorrido em 2007, período mais fértil da indústria do biodiesel.


BSBios compra Agrenco

Com vistas ao B4, B5 e às exportações de biodiesel, a gaúcha BSBios comprou a usina da Agrenco em Marialva (PR), próxima a Maringá e Londrina. O valor do negócio não foi divulgado, mas especula-se que movimentou entre R$ 45 e 50 milhões, preço similar ao de uma nova usina com capacidade semelhante e tecnologia equivalente. A planta industrial de Marialva tem capacidade para 130 milhões de litros, mas está inacabada. Com esse empreendimento em funcionamento, o Paraná deverá ter a primeira usina de biodiesel de grande porte.


Crise já prejudica investimentos em algas

A tão temida crise econômica, que se espalhou como uma pandemia, já vitimou uma das primeiras empresas a investir em biodiesel de algas: a americana Green- Fuel Technologies. Em maio a companhia encerrou suas operações por falta de dinheiro. Os acionistas, que injetaram mais de US$ 70 milhões na empresa desde 2001, estão estudando formas de vender os bens e sua propriedade intelectual. A crise teria sido só o tiro de misericórdia, já que a empresa teve problemas na passagem da escala experimental para a comercial (fase apelidada de “Vale da Morte” por investidores) e na transição de comando. Hoje há mais de 50 empresas neste ramo e muitas delas testam o cultivo de algas com os mesmos métodos da Green- Fuel: em biorreatores e em sacolas plásticas.