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Camera responde sobre importação de matéria-prima


BiodieselBR.com - 19 jul 2012 - 16:41

Após a publicação da reportagem “Importar matéria-prima para produzir biodiesel é ilegal” na manhã de hoje, a Camera Agroalimentos enviou um comunicado à BiodieselBR. Apesar de não ser citada na reportagem, a empresa, que possui várias plataformas de negócio, informou que realizou a importação de matéria-prima e deixou bem claro que não utilizou o produto importado na produção de biodiesel. Confira abaixo o comunicado na íntegra:

Resposta da Camera Agroalimentos S.A. sobre a notícia veiculada junto à BiodieselBR “Importar matéria-prima para produzir biodiesel é ilegal”
 
Prezados Srs, informamos que a empresa citada nesta reportagem, é a Camera Agroalimentos S.A., sendo que a mesma informa que procedeu importações de soja, ao quais todas elas estão devidamente regularizadas , inclusive com conhecimento dos órgãos governamentais necessários, tendo por conseguinte a L.I. (licença de importação) em aprovação pela Receita Federal.
 
Tal reportagem na visão da companhia demonstra o  desconhecimento de alguns players e stakeholders sobre o mercado de atuação e destinação do produto ora importado. A Camera não é uma usina de biodiesel, e sim uma empresa com diversas plataformas de negócio, onde a Un. Biodiesel  representa 18% do seu business como um todo, sendo que a soja importada será utilizada para cumprir exportações contratadas e que devem ser honradas, como o fizemos em todos os nossos contratos, ou seja, não ocorreu importação por uma ‘usina de biodiesel’, como veiculado, e sim por uma TRADING exportadora de produtos do complexo soja.
 
Entendemos em adição, que os agentes envolvidos devam estar analisando a catástrofe que está ocorrendo no setor de biodiesel por falta de matéria-prima e produto , dados estes corroborados pela divulgação ontem da ANP que no L25  oito usinas não performaram 80% do volume comercializado, ou seja, por força da lei estarão fora do próximo leilão, o que não ocorre com a Camera Agroalimentos, que em todos os certames participados performou e/ou disponibilizou mais de 100% da sua venda.
 
Todas as decisões tomadas, são com o único objetivo de auxiliar na redução da pressão sobre a matéria-prima no Brasil, que deverá ocasionar uma séria situação não só para o setor de Biodiesel , mas também para os setores de proteínas animais. Acreditamos muito na agricultura brasileira há mais de 40 anos, sendo que temos por convicção que o Brasil será o maior produtor mundial de soja a partir do ano que vem, motivo pelo qual concordamos que não exista sentido algum em permitir que tais situações de importação de matéria-prima para biodiesel ocorram numa visão de longo prazo, talvez algumas medidas emergências para o bem do sistema sejam necessárias.
 
A Camera Agroalimentos por fim, tem total ciência da legislação vigente, estando a companhia a disposição para prestar qualquer esclarecimento a qualquer autoridade ou órgão governamental sobre as suas operações crente que se tivéssemos um setor mais coeso, profissional e com empresas mais sólidas, com capacidade de cumprir o que prometem inclusive juridicamente perante os contratos assinados nos leilões da ANP, já teríamos a evolução ao um B7 e o novo Marco Regulatório.
 
Esperamos que este importante portal de notícias no setor, se valorize pela transparência e divulgue as nossas informações, citando os respectivos nomes e responsáveis das duas reportagens.
 
Fabio Issler Magdaleno
Diretor de Biodiesel
Camera Agroalimentos S.A.



Nota BiodieselBR: A reportagem veiculada por este portal deixou bem claro no título e ao longo do texto que a prática é ilegal apenas se a matéria-prima importada for utilizada na produção de biodiesel. Em nenhum momento foi citado o nome da Camera, nem afirmado que a soja importada foi utilizada na produção de biodiesel.