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Produtores querem que ANP puna usinas responsáveis por redução da mistura


Agência Estado - 18 jun 2020 - 15:41

Em documento à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) criticou a decisão de reduzir a mistura de biodiesel no diesel e cobrou "ações restritivas aos responsáveis", que levaram à medida.

Conforme resolução publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, no período de 16 a 21 de junho, o porcentual de mistura mínima obrigatória do biodiesel ao 'diesel A' cairá de 12% para 10%. "Se não houvesse mudança no jogo com informações equivocadas não estaríamos enfrentando essa situação", destaca a Aprobio no documento ao qual o Broadcast Agro teve acesso.

"A demanda real conforme os produtores sempre disseram teve uma pequena redução pontual, mas logo se mostrou até maior que em 2019. Portanto, o volume adquirido pelas distribuidoras, nas regras que elas forçaram que fossem seguidas, se mostrou insuficiente", afirma a associação.

Segundo a Aprobio, as distribuidoras "fizeram vários movimentos no sentido de desestabilizar a realização do leilão programado de biodiesel, que atenderia a demanda de maio e junho". Segundo o documento da associação destaca, as distribuidoras chegaram a projetar quedas no consumo de diesel superiores a 50% e pressionaram a ANP a alterar de regras do leilão reduzindo a exigência de retirada mínima de 95% para 80%. Além disso, durante o leilão, realizaram uma compra muito aquém do necessário deixando um saldo não negociado de 259.689 metros cúbicos (25,1% do volume adquirido).

A Aprobio admite que houve ocorrências no setor por causa do não cumprimento de contratos, seja em atendimento ao compromissado no leilão regular seja no leilão de opções. "Estas ocorrências, acreditamos, tenham levado à decisão de redução temporária da mistura, que reafirmamos discordar, mas já tomada", conclui.