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Lucro da ADM subiu 60% no 4º trimestre, para US$ 504 milhões


Fábio Rodrigues - 30 jan 2020 - 10:17

A americana Archer Daniels Midland (ADM), uma das maiores companhias de agronegócios do mundo, encerrou o 4º trimestre de 2019 com um lucro 60% maior do que no mesmo período do ano anterior, em US$ 504 milhões. O lucro por ação do trimestre ficou em US$ 0,90, ante US$ 0,55 um ano antes.

A receita cresceu 2,4% no trimestre, para US$ 16,3 bilhões, e o lucro operacional avançou 18,8%, para US$ 934 milhões.

A companhia foi beneficiada no trimestre com US$ 270 milhões em créditos de imposto sobre biodiesel de 2018 e 2019, contabilizados no negócio de serviços agrícolas e oleaginosas. O inventivo fiscal foi renovado pelo Congresso dos EUA no final do ano passado. Embora estivesse suspenso desde 2017, os créditos acumulados no período serão pagos retroativamente. A divisão encerrou o trimestre com lucro operacional ajustado de US$ 739 milhões, 20,2% de crescimento anual.

Excluindo o efeito não recorrente do benefício, o negócio também foi beneficiado pela forte demanda global por biodiesel e óleos alimentares, com as vendas da Algar Agro – adquirida no Brasil em 2018 – e com os resultados de sua participação na Wilmar, trading com sede em Cingapura. O processamento de oleaginosas também teve “margens sólidas”, afirmou a ADM, embora o resultado da atividade tenha sido menor do que um ano antes.

Os negócios da ADM de nutrição também tiveram melhor desempenho no trimestre, com aumento de 64,5% no lucro operacional ajustado, a US$ 102 milhões. Já o negócio de soluções de carboidratos tive lucro operacional ajustado 11,7% menor, de US$ 174 milhões, pressionado pelas margens desfavoráveis das operações de etanol.

“Nossa equipe entregou um quarto trimestre sólido, consistente com nossas expectativas três meses atrás”, afirmou Juan Luciano, presidente do conselho da ADM, em nota.

No ano, porém, a ADM teve um lucro 23,8% menor do que em 2018, de US$ 1,4 bilhão. A receita teve alta de 4,9% para US$ 64,7 bilhões, mas não se traduziu em resultado líquido melhor por causa do aumento dos custos.

Para 2020, Luciano disse que espera uma melhora das condições de mercado, particularmente com os impactos do acordo de primeira fase entre Estados Unidos e China.

Camila Souza Ramos – Valor Econômico