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Acidentes

Relatório de acidente com biodiesel aponta contaminação de rio em Monte Castelo


JMais - 08 jul 2020 - 10:11

Relatório emitido pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Canoinhas e Afluentes Catarinenses do Rio Negro mostra contaminação ocasionada pelo acidente que causou vazamento de biodiesel em um rio que deságua no rio Canoinhas no final do mês passado.

O acidente aconteceu na tarde de 25 de junho na BR 116, Serra do Espigão, envolvendo uma carreta bitrem carregada com biodiesel que vinha de Lagoa Vermelha (RS) com destino a Cubatão (SP). O caminhão tombou na pista.

Dos 43 mil litros transportados, em torno de 38 mil foram derramados dentro do rio Matemático, que deságua no Canoinhas, ocasionando, segundo o relatório, a contaminação de corpos hídricos, principalmente no município de Monte Castelo.

Foi realizado o percurso de parte do Matemático e mais outros dois rios cujos nomes não foram identificados, para acompanhar o nível de contaminação. Durante o percurso observou-se que o biodiesel já se espalhou por um considerável trecho. Além disso, em alguns pontos a água se apresentava com coloração esbranquiçada em virtude da sua mistura com o óleo em função da turbulência do rio nestes trechos. Esse percurso foi acompanhado por agricultor residente no local que relatou que no dia anterior observou-se grande fluxo do combustível no rio.

As empresas contratadas pela transportadora iniciaram os trabalhos de instalação de barreiras de contenção e mantas de absorção, para minimizar os impactos ambientais. A Suatrans/Ambipar se comprometeu a limpar o rio.

O prefeito de Monte Castelo, Jean Carlo Medeiros (PSD), acompanhou o trabalho e demonstrou preocupação quanto ao risco de contaminação da água que é fornecida à população. Ele solicitou que fossem tomadas as devidas providências para evitar maiores problemas. Reforçou que vai exigir o comprometimento das empresas para resolver a situação.

A Casan informou que nos pontos de captação de água nos municípios de Major Vieira e Canoinhas, até o presente momento, não foram detectadas alterações na água. Os pontos seguem sendo monitorados.

As instituições realizaram o acompanhamento e fiscalização dos procedimentos realizados pelas empresas e exigiram o controle e monitoramento diário da qualidade de água, por laboratórios oficiais, com a finalidade de verificar qual o potencial do dano.