Três usinas renovam certificações do RenovaBio
No fim das contas, ficou quase em zero a zero. Na última semana, três usinas – a Biopower de Campo Verde (MT), a Olfar de Porto Real (RJ) e a Cereal de Rio Verde (GO) – renovaram as certificações que garantem sua participação no mercado de carbono do RenovaBio. No total, esses novos certificados permitem a oferta de 1,07 milhão de Créditos de Descarbonização (CBios) por ano.
Das três, a maior capacidade de oferta é – de longe – da Olfar de Porto Real. A usina é a segunda maior emissora potencial de CBios do país, com capacidade para colocar no mercado até 779,9 mil CBios por ano. Ela perde apenas para a usina de Porangatu (GO), também da Olfar, cujo teto de oferta é de 1,58 milhão de CBios.
Esse bom resultado de Porto Real vem graças a uma Nota de Eficiência Energético-Ambiental (NEEA) de 77,8 gCO2eq/MJ e uma fração elegível de 98,8% – mais de 10 pontos percentuais acima da certificação anterior, que perderia a validade no começo de outubro. Essa nova certificação eleva o teto de geração de CBios em aproximadamente 67,4 mil unidades.
{viewonly=registered,special}No fim das contas, ficou quase em zero a zero. Na última semana, três usinas – a Biopower de Campo Verde (MT), a Olfar de Porto Real (RJ) e a Cereal de Rio Verde (GO) – renovaram as certificações que garantem sua participação no mercado de carbono do RenovaBio. No total, esses novos certificados permitem a oferta de 1,07 milhão de Créditos de Descarbonização (CBios) por ano.
Das três, a maior capacidade de oferta é – de longe – da Olfar de Porto Real. A usina é a segunda maior emissora potencial de CBios do país, com capacidade para colocar no mercado até 779,9 mil CBios por ano. Ela perde apenas para a usina de Porangatu (GO), também da Olfar, cujo teto de oferta é de 1,58 milhão de CBios.
Esse bom resultado de Porto Real vem graças a uma Nota de Eficiência Energético-Ambiental (NEEA) de 77,8 gCO2eq/MJ e uma fração elegível de 98,8% – mais de 10 pontos percentuais acima da certificação anterior, que perderia a validade no começo de outubro. Essa nova certificação eleva o teto de geração de CBios em aproximadamente 67,4 mil unidades.
Considerado o valor médio que o CBio atingiu na B3 durante a semana anterior, a usina tem potencial para faturar até R$ 45,5 milhões por ano no mercado de carbono. O valor real, no entanto, é bem menor. Calculado sobre as vendas de biodiesel da usina no ano passado – 146,1 mil m³ –, a Olfar poderia emitir 372,3 mil CBios, o que renderia R$ 21,7 milhões.
Estável
Já a situação da Biopower de Campo Verde (MT) mudou pouco. A nova certificação da unidade mato-grossense do Grupo JBS elevou sua capacidade de emissão de CBios em menos de 4,2 mil unidades, indo de 192,6 mil com base no certificado antigo para 196,8 mil agora.
No total, a planta pode faturar até R$ 11,5 milhões no mercado de CBios.
Contração
Já a usina de Rio Verde, do Grupo Cereal, foi na direção oposta à das concorrentes.
A nova certificação da empresa reduziu o teto de oferta de CBios da usina, que era de 169,7 mil para menos de 92,7 mil unidades. O motivo principal para essa redução foi o corte da fração elegível da planta de quase 45% para menos de 25,5%. Já a NEEA da usina caiu pouco, indo de 48,6 para 46,5 gCO2eq/MJ.
Com isso, as receitas que o grupo empresarial poderia auferir no mercado de CBios seriam de, no máximo, R$ 5,4 milhões.
Somando tudo, temos 40 usinas de biodiesel devidamente habilitadas a concorrer no mercado de carbono do RenovaBio. Juntas, elas podem colocar até 11,9 milhões de CBios no mercado.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com