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RenovaBio

Completando cinco anos, CBios registram queda em preços, emissões e aposentadorias


BiodieselBR.com - 07 mai 2025 - 08:07

Os créditos de descarbonização (CBios) – títulos vinculados ao programa RenovaBio, que celebraram cinco anos de existência em 27 de abril – continuam em um cenário de queda nos preços. Na segunda quinzena de abril, os títulos custaram R$ 68,28, em média, retração de 2,2% em relação à primeira metade do mês.

O valor ainda ficou 7,5% abaixo da média de 2025, de R$ 73,79. Já em relação à média histórica, de R$ 86,33, a queda é de 20,9%.

Os números são resultados de cálculos realizados por BiodieselBR.com com base nos dados da bolsa de valores brasileira B3, a única entidade registradora do programa.

{viewonly=registered,special}Os créditos de descarbonização (CBios) – títulos vinculados ao programa RenovaBio, que celebraram cinco anos de existência em 27 de abril – continuam em um cenário de queda nos preços. Na segunda quinzena de abril, os títulos custaram R$ 68,28, em média, retração de 2,2% em relação à primeira metade do mês.

O valor ainda ficou 7,5% abaixo da média de 2025, de R$ 73,79. Já em relação à média histórica, de R$ 86,33, a queda é de 20,9%.

Os números são resultados de cálculos realizados por BiodieselBR.com com base nos dados da bolsa de valores brasileira B3, a única entidade registradora do programa.

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Nas últimas semanas de abril, os créditos custaram entre R$ 71,51 e R$ 66,15. O maior valor foi visto no dia 16, enquanto o menor foi registrado no dia 30.
De acordo com a B3, ocorreram 2,46 mil negociações no período, movimentando 2,43 milhões de CBios.

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“Os números refletem todas as operações de compra e venda envolvidas em um ciclo de negociação. Assim, no caso de intermediações realizadas por corretoras ou outras instituições, primeiro é realizada uma operação de compra das quantidades e, depois, uma operação de venda para o investidor final”, explica a B3.

Posse e aposentadoria

Em 30 de abril, a B3 fechou sessão com 24,82 mil CBios em circulação, que já seriam suficientes para alcançar 50,3% da meta para 2025, de 49,36 mil títulos.

O objetivo anual foi atualizado ao final de março pela a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que incluiu os 10,49 milhões de títulos que ficaram pendentes do ano passado. O montante também desconta 1,52 milhão de CBios, abatidos das metas individuais das distribuidoras que cumpriram contratos de longo prazo com produtores de biocombustíveis.

Do total de títulos disponíveis no mercado em 30 de abril, 63,4%, ou 15,73 milhões, estavam em posse das usinas certificadas no RenovaBio. As distribuidoras detinham 8,97 milhões, ou 36,1%. Os 124,59 mil créditos restantes (0,5%) estavam com investidores sem metas.

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Além disso, na segunda metade de abril, 214,55 mil títulos foram aposentados, retração de 88,7% ante os 1,91 milhão de CBios que foram retirados de circulação no mesmo período do ano passado. Na ocasião, as distribuidoras tinham acabado de iniciar o ciclo 2024, após o prazo para as apresentações das metas de 2023 ter sido alongado para março daquele ano.

No acumulado do ano, 6,06 milhões de CBios foram retirados de circulação.

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Somando os créditos em circulação, os aposentados em 2025 e os 181 mil títulos que foram retirados de circulação de forma antecipada no ano passado, o volume chega a 31,06 milhões de CBios, ou 62,9% da meta anual.

De acordo com a B3, as últimas aposentadorias por companhias sem metas a cumprir no programa ocorreram em março. No dia 12, foram retirados circulação 23 mil créditos e, no dia 14, outros 200.

Segundo as regras do RenovaBio, a retirada de títulos feita pelas partes não obrigadas pode ser deduzida dos objetivos finais do programa. Com isso, as aposentadorias feitas durante o ciclo 2025 devem ser contabilizadas no próximo ano.

Emissões

Entre os dias 16 e 30 de abril, as sucroenergéticas certificadas no RenovaBio emitiram 2,12 milhões de créditos. O volume representa uma queda de 6,7% em comparação com os 2,28 milhões de títulos escriturados no mesmo período de 2024.
Desde o começo do ano, já foram emitidos 14,42 milhões de títulos.

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De acordo com a ANP, 333 usinas estão atualmente certificadas para a emissão dos créditos do RenovaBio. Destas, quatro fabricam biometano e outras 38, biodiesel.

Dentre as 291 usinas de etanol certificadas, 276 utilizam apenas a cana-de-açúcar como matéria-prima; sete processam cana e milho; sete apenas milho; e uma produz biocombustível de primeira e de segunda geração de forma integrada.

Cinco anos de CBios

No dia 27 de abril de 2020, a B3 registrava as primeiras emissões de CBios. Naquele dia, ocorreram duas gerações de créditos por parte das usinas certificadas, somando 50,79 mil títulos. De lá para cá, 173,15 milhões de CBios foram escriturados pelas produtoras de biocombustíveis.

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As negociações, entretanto, demoraram algumas semanas para acontecerem. Em 15 de junho de 2020, a Adecoagro comercializou 100 CBios a um preço médio unitário de R$ 50.

Nestes cinco anos, os títulos já custaram entre R$ 15 e R$ 202,65, em média. O menor valor foi registrado no ano de início do programa, enquanto o maior foi visto em junho de 2022.

A primeira aposentadoria dos papéis, por sua vez, ocorreu em agosto de 2020, com 18 créditos saindo de circulação. Na época, a B3 não divulgava se a operação tinha sido realizada pela parte obrigada ou por investidores sem metas no programa.

Giully Regina – BiodieselBR.com & NovaCana