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Política

Um mandato é fundamental para impulsionar produção de renováveis, diz Tolmasquim


Agência Estado - 14 set 2023 - 09:26

O diretor de sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, avaliou como “fundamental” o desenvolvimento de um mandato para a produção de diesel R, combustível feito a partir do coprocessamento de óleo fóssil e vegetal.

“Não é possível ir adiante sem um mandato. Hoje temos o biodiesel, ele é um produto interessante, mas possui um limite dentro do que os veículos conseguem aguentar, pois ele seria perecível. Já o diesel renovável, feito pela Petrobras, através do processo de coprocessamento, tem as mesmas características do diesel comum”, afirmou Tolmasquim em conversa com a imprensa, após apresentação em um evento promovido pela Windpower Brazil nesta terça-feira, 12.

Segundo o executivo, o diesel R não deverá retirar o espaço de mercado do biodiesel. Para ele, o mandato é fundamental para que a Petrobras possa avançar na produção do diesel por coprocessamento.

Do ponto de vista de desafios, Tolmasquim citou que um dos principais é a busca por fontes de matéria-prima para promover maior oferta de óleo renovável. O executivo ressaltou, contudo, que o Brasil traz oportunidades relacionadas ao tema.

“A questão da matéria-prima é sem dúvida um desafio, mas também é uma oportunidade, por conta de o Brasil ter uma grande quantidade de terras. Então temos essa possibilidade”, afirmou.

Emissões de carbono da Petrobras

Tolmasquim ainda afirmou que as emissões de carbono da estatal são menores na comparação com outras produtoras de petróleo. Segundo o executivo, contar com um menor nível de despejo de dióxido de carbono (CO2) no meio ambiente pode favorecer a companhia no futuro.

“É possível que o petróleo com menor emissões possa se tornar mais valorizado no futuro na comparação com os mais poluentes, considerando o cenário de transição energética e a continuidade do mercado de óleo e gás”, afirmou Tolmasquim durante o evento.

Outro ponto destacado pelo executivo é que, em um cenário de redução gradual da demanda por petróleo no longo prazo, considerando o movimento de transição energética que ocorre no mundo, a Petrobras continuará a ter condições de manter a produção do combustível fóssil em um bom nível. Segundo Tolmasquim, os custos da estatal são competitivos em relação aos seus pares globais.