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Política

Recepção morna na Casa Civil não desanima usinas de biodiesel


BiodieselBR.com - 30 ago 2012 - 10:51 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Depois de alguns desencontros de agenda, na semana passada (21) representantes da Frente Parlamentar do Biodiesel e do setor produtivo foram recebidos pela Casa Civil para falar sobre a situação do novo marco regulatório. Ao que tudo indica, a recepção não foi tão calorosa quanto os empresários gostariam.

O sinal mais claro de que o vento não soprava a favor foi o fato do grupo não ter sido recebido pela ministra Gleisi Hoffman como esperavam inicialmente. Quem representou a Casa Civil no encontro foi o secretário-executivo adjunto, Gilson Bittencourt.

“Tínhamos uma expectativa maior, a gente queria ter saindo de lá com o novo marco anunciado e não foi o que aconteceu. Mesmo assim, foi satisfatório. Tivemos a reafirmação, por parte do governo, de que o marco vai sair e o programa do biodiesel vai ter continuidade”, avalia o presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Battistella.

Segundo o líder da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPB), deputado federal Jerônimo Goergen, durante o encontro o governo informou que está tudo pronto para o anúncio do novo marco e que a única dificuldade é a situação pouco favorável da soja que vem apresentando preços recordes no mercado internacional por conta da quebra da safra nos Estados Unidos.

Puro excesso de zelo, na opinião do parlamentar. De acordo com ele, até que a proposta seja apresentada ao Congresso e consiga ser votada, haveria tempo suficiente para que a oferta de soja esteja normalizada com a colheita da safra 2012/2013.

Nova reunião
Para não dizer que os empresários saíram de mãos abanando, até meados de setembro deverá acontecer uma nova reunião entre representantes das usinas e membros da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel. Nessa ocasião serão apresentados resultados preliminares de um estudo ainda inédito sobre o segmento. O trabalho foi encomendado pela Aprobio à Fundação Instituto de Pesquisas econômicas (Fipe) que, esperam os empresários, amoleçam um pouco os receios do governo. Este estudo também será apesentado, dentro de um mês, durante a Conferência BiodieselBR. No evento um representante da Fipe divulgará os detalhes do estudo, debaterá o tema e responderá perguntas dos participantes. 

“Vamos ter mais essa reunião em setembro sobre a qual temos perspectivas favoráveis”, anima-se Battistella.

Se mesmo assim o processo continuar parado, Goergen adianta que pretende redobrar a pressão da FPB emendando uma das Medias Provisórias que estão tramitando pelo Congresso de forma a incluir o aumento de mistura obrigatória do biodiesel no texto. “Aí o governo vai ter que se manifestar a respeito”, anuncia.

Fábio Rodrigues