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Política

Cadeia produtiva do biodiesel cobra aumento em mistura no diesel


Valor Econômico - 22 ago 2012 - 09:50
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Representantes da cadeia do biodiesel pediram agilidade na definição do aumento do percentual de mistura do biodiesel no diesel de origem fóssil --atualmente fixado em 5%-- em reunião com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) nesta terça-feira (21).

Em resposta, o governo pediu mais tempo para estudar a situação da soja, cujos preços estão em forte alta nos mercados internacional e doméstico, turbinada pela maior seca nos Estados Unidos em 50 anos. O governo quer avaliar se a safra atual será suficiente para suprir a demanda do país.

Preocupada com a falta de definição do governo quanto ao novo "marco regulatório" do segmento, a cadeira do biodiesel prepara um estudo, para ser apresentado no mês que vem, que mostra a viabilidade do aumento do percentual de mistura sem grandes prejuízos.

"Desde dezembro estamos negociando a mistura do biodiesel", disse o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). "Naquela época, o governo alegou que o modelo de leilão, selo social e qualidade do produto eram os três principais gargalos que impediam a evolução."

"Nesse meio tempo, tivemos a qualidade ampliada, os leilões mudaram e o selo social já está sendo revisto. Mesmo assim, pouca coisa mudou", disse Goergen.

Reuniões mensais
Por isso, serão realizadas reuniões entre governo e setor produtivo, para a apresentação de dados econômicos que "tranquilizem" o governo sobre o aumento na mistura, a partir do mês que vem.

"O governo disse que a proposta do marco regulatório está pronta para ir à Câmara. Apesar de o setor pedir um percentual de mistura de 20% (B20), a expectativa é que o texto passe do B5 para o B7 ou o B10", disse o deputado.

Estiveram presentes à reunião representantes da Frente Parlamentar do Biodiesel, da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), da Aprobio (Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil), da Acebra (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil) e da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).