Bunge vai participar do 28º Leilão de Biodiesel
As negociações do 28º Leilão de Biodiesel ainda nem foram abertas, mas ele já pode ser considerado um dos mais tortuosos da história do programa de biodiesel. Há poucas horas, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fez uma pequena – mas importante – edição na lista das usinas habilitadas a vender biodiesel que recoloca a Bunge na disputa.
Na primeira versão da lista de usinas habilitadas publicada no dia 19 de novembro, a Bunge aparecia entre as empresas sem pendências. Situação muito estranha, uma vez que a usina da empresa em Nova Mutum (MT) ainda não contava com o Registro Especial de Produtor de Biodiesel da Receita Federal o que a tornava inelegível. Poucas horas mais tarde, a ANP precisou se retratar e, quando a lista final foi publicada no dia 23 de novembro, a Bunge não estava nela.
Foi apenas no dia 26 de novembro que a trader conseguiu o registro na Receita Federal. Mas aí já era tarde demais para que ela fosse habilitada por vias convencionais.
O novo arquivo não há qualquer pista de como foi que a Bunge voltou ao páreo. A única informação está no link no qual o arquivo pode ser acessado no site da ANP que ganhou um discreto “pós-recurso”. Contudo, os conteúdos do recurso da Bunge não se encontram disponíveis o que torna quase impossível para as concorrentes entenderem a decisão ou, se for esse o caso, apresentarem contra-argumentos.
Volumes
Na lista recém-publicada, a usina de Mova Mutum (MT) pertencente à Bunge aparece na lista das empresas que não possuem o Selo Combustível Social do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Com essa inclusão haverão 61,5 milhões de litros em capacidade disputando apenas na 5ª etapa do leilão (aberta tanto a usinas com quanto sem o Selo Social).
No total, as – agora – 42 usinas que vão participar do leilão poderão colocar à disposição do mercado pouco mais de 995,1 milhões de litros de biodiesel.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com