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Distribuição

Multinacional holandesa Vitol deixa o capital da distribuidora Rodoil


Valor Econômico - 04 ago 2021 - 09:29

A holandesa Vitol está de saída do capital da Rodoil. A multinacional fechou um acordo para venda de sua fatia de 50% na empresa para os sócios fundadores da distribuidora de combustíveis, Roberto Tonietto e Idiomar Zanella.

Segundo a Rodoil, a operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A parceria foi desfeita dois anos e meio após a entrada da Vitol na Rodoil, no fim de 2018. De acordo com uma fonte, o acordo de acionistas previa a possibilidade de recompra das ações pelos sócios fundadores.

Um executivo do setor de distribuição comentou, sob a condição de anonimato, que a operação não surpreende. Segundo a fonte, as tradings de combustíveis têm manifestado, de uma forma geral, insatisfação com os rumos do mercado brasileiro.

Ele cita o aumento dos casos de irregularidades e fraudes no setor, as dificuldades de importação, diante da defasagem dos preços da Petrobras, e a decisão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) de discutir mudanças no marco da revenda. A revisão do arcabouço regulatório traz, dentre outras medidas, a proposta de flexibilização da tutela regulatória de fidelidade à bandeira — regra pela qual um posto “bandeirado” só pode adquirir e vender combustível fornecido pelo distribuidor com o qual possui acordo para exibição da marca.

A agência propõe um modelo híbrido que permita a instalação, nos postos, de até duas bombas não-exclusivas pelas quais o revendedor que exibe uma marca específica possa vender também produtos de outros fornecedores.

Em nota publicada pela Rodoil, o diretor de investimentos da Vitol, Jorge Santos Silva, disse, no entanto, que a multinacional “continua acreditando que o mercado de energia no Brasil apresenta oportunidades interessantes” e que está ansioso “para investir em novos empreendimentos”.

Em nota publicada pela Rodoil, o diretor de investimentos da Vitol, Jorge Santos Silva, disse, no entanto, que a multinacional “continua acreditando que o mercado de energia no Brasil apresenta oportunidades interessantes” e que está ansioso “para investir em novos empreendimentos”.

André Ramalho – Valor Econômico