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Empresas de petróleo cogitam cobrar recarga de carros elétricos em postos de combustíveis


Click Petróleo e Gás - 24 ago 2022 - 09:41

Empresas estão começando a focar em oportunidades para gerarem lucros com recarga de carros elétricos em postos de combustíveis. O intuito é disponibilizar recarga ultrarrápida ou rápida para aqueles que possuem carros elétricos. De modo geral, é possível realizar a recarga de carros elétricos em cerca de 20 minutos. Entre as diversas empresas, está a Shell, que planeja instalar 35 eletropostos em postos de combustíveis no Brasil até o final do próximo ano. Já outra grande marca do setor, a Petrobras, planeja construir pelo menos 70 pontos de recarga de carros elétricos até o fim do próximo ano.

Ponto é instalado em postos BR

No caso da Petrobras, a novidade chegou em julho deste ano. A Vibra, empresa licenciada da marca, inaugurou o primeiro eletroposto. No local, há três pontos de recarga e de acordo com a empresa, os plugues contam com padrões CCS-2, CHAdeMO, uma abreviação de CHArge de MOve, equivalente a Movimento de Carga, e também conector Tipo 2. Já a potência máxima de saída do posto de recarga de carros elétricos é de 150 kW em corrente contínua ou 45 kW em corrente alternada.

O ponto de recarga foi construído no posto Petrobras Arco-Íris, que está situado na cidade de Roseira, em São Paulo, na Via Dutra. Desta forma, os proprietários de carros elétricos terão essa facilidade para chegar ao Rio de Janeiro por meio dos pontos de recarga nos postos de combustíveis.

A princípio, os clientes podem realizar a recarga de seu veículo de forma totalmente gratuita. Já aqueles que forem cadastrados no programa Premmia ainda acumulam dez vezes mais pontos.

Empresas passam a cobrar por recarga

O objetivo da Petrobras é ligar sete estados do país, cobrindo Sul e Sudeste. De acordo com a Vibra, os eletropostos também chegarão a Brasília.

Segundo Wilson Ferreira Junior, presidente da Vibra, em nota, a escolha de priorizar a atuação da empresa em postos de combustíveis rodoviários se deu porque foi possível observar que, atualmente, a maior dificuldade dos proprietários de veículos elétricos está ligada à falta de infraestrutura de recarga fora dos centros urbanos, o que pode impactar negativamente a experiência do usuário em longas distâncias.

Por ora, ainda não há um modelo de pagamento da recarga de carros elétricos no país. Entretanto, esta possibilidade não está descartada. Neste ano, as primeiras empresas já deram início às cobranças pelo serviço, como é o caso da Shell, que cobra uma tarifa de R$ 1,90 por kWj em um posto de São Paulo.

ANEEL libera cobrança por recarga

Com o nome de Shell Recharge, o eletroposto da Shell disponibiliza uma recarga de até 35 minutos para veículos elétricos. O posto utiliza o aplicativo da Tupinambá para realizar a cobrança. Além disso, a empresa Tupinambá opera uma rede própria composta por 150 pontos de recarga, onde metade já cobra pelo serviço.

Embora não seja uma prática tão comum, a cobrança pela recarga tem uma base legal. Em junho de 2018, a resolução n.º 819 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou essa cobrança. Empresas e locais privados podem cobrar para que pessoas carreguem os veículos elétricos.

Por outro lado, os postos de combustíveis podem optar por não cobrarem a recarga e fidelizar o cliente na conveniência. Nos EUA, por exemplo, o faturamento com estas lojas acaba sendo maior do que com o abastecimento.

Valdemar Medeiros – Click Petróleo e Gás