Petróleo tem leve alta com mercado de olho em Trump e na demanda da China
Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira (12) em leve alta e, assim, apagaram boa parte da valorização observada durante a manhã. O fôlego renovado exibido pelo dólar pesou sobre os preços da commodity, no momento em que o mercado parte para uma reprecificação do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e passa a trabalhar com taxas mais alta ao longo do tempo, na esteira da vitória de Donald Trump na eleição presidencial.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo tipo Brent para entrega em janeiro fechou em alta de 0,08%, a US$ 71,89 por barril. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para dezembro subiu 0,12%, a US$ 68,12.
Os preços do petróleo até esboçaram uma correção mais forte, após terem caído recentemente, na esteira de um dólar mais forte e da reprecificação de que as políticas de Trump podem aumentar os investimentos em energia fóssil, o que reduziria os preços da commodity. No entanto, o ímpeto da alta dos preços do óleo ficou circunscrito à etapa matutina dos negócios e perdeu força ao longo da sessão, diante da valorização do dólar no mercado internacional.
De acordo com analistas do Commerzbank, a decepção com os estímulos chineses também pesa sobre os preços do petróleo, ao não aliviar as preocupações com a demanda no segundo maior consumidor de petróleo do mundo. A maior cautela também foi alimentada por relatos de que a Arábia Saudita fornecerá menos petróleo para a China em dezembro. A menor importação de óleo bruto pela China em outubro e uma redução nos preços oficiais de venda para dezembro confirmam que a demanda continua fraca, o que impede uma recuperação sustentada dos preços, aponta o banco alemão.