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Pesquisa

Tecnologias poupa-terra evitaram a abertura de 71 milhões de hectares para soja


BiodieselBR.com - 11 mai 2021 - 09:48

O uso de tecnologias chamadas de poupa-terra ajudou a economizar uma área superior a 71 milhões de hectares de plantio apenas na cultura da soja. A conclusão é de pesquisa da Embrapa, que mediu o impacto de modos mais sustentáveis de manejo na agricultura.

Tecnologia poupa-terra, segundo a instituição, é a adotada pelo setor produtivo que, por sua eficiência, evitam a abertura de novas áreas de cultivo. Ao mesmo tempo, permite aumentos sustentáveis de produção em uma mesma área. Entre os exemplos, estão o plantio direto, fixação biológica de nitrogênio e integração lavoura-pecuária-floresta.

De acordo com os pesquisadores, o uso desse tipo de tecnologia contribuiu também com a fruticultura brasileira. Segundo eles, a produção mundial de frutas é de cerca de 930 milhões de toneladas em pouco mais de 80 milhões de hectares. Já o Brasil produz 42,4 milhões de toneladas em 2,5 milhões de hectares.

Entre 1990 e 2018, o aumento de produtividade da fruticultura nacional foi de 64%, mencionam, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia de área foi superior a 900 mil hectares, considerando a produção de 11 frutas: laranja, banana, melancia, manga, limão, uva, maçã, melão, tangerina, abacaxi e mamão.

Outra cultura beneficiada pela tecnologia poupa-terra foi a do algodão, destaca o informe da Embrapa. A produção mais do que triplicou, enquanto a área encolheu a menos da metade. De 1976 a 2019, a produção cresceu de 1,2 milhão para 4,3 milhões de toneladas, enquanto a área foi reduzida de quatro milhões de hectares para 1,7 milhão.

“Esse resultado é fruto de várias tecnologias, entre as quais se destacam: cultivares melhoradas geneticamente, plantio direto, que abrange técnicas sustentáveis de manejo do solo, e o cultivo do algodão em sistemas ILPF, entre outras”, diz o o engenheiro-agrônomo da Embrapa Samuel Telhado.

40 anos de pesquisa

O estudo foi liderado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa e contou com a participação de mais de 50 pesquisadores de nove unidades da instituição. Os dados foram reunidos a partir de pesquisas realizadas nas últimas quatro décadas e compilados em uma publicação sobre tecnologias poupa-terra.

Entre as mais consolidadas, a integração lavoura-pecuária-floresta passou de 11 milhões de hectares em 2015 para 17 milhões atualmente. De acordo com a empresa de pesquisa, é o sistema agroflorestal mais utilizado no país, representando 83% do total.

“São modelos de produção que se adaptam com facilidade a todas as regiões brasileiras e têm sido bastante importantes para o aumento de renda e geração de empregos na região Nordeste do País, a partir do consórcio de macaúba com outras culturas”, explica Guy de Capdeville, diretor de pesquisa da Embrapa.

Outra tecnologia, a da fixação biológica do nitrogênio, gera uma economia anual de US$ 7 bilhões a US$ 10 bilhões na cultura da soja, já que dispensa a utilização de fertilizantes nitrogenados. A fixação é realizada por bactérias presentes ou inoculadas no solo. Segundo a Embrapa, cientistas trabalham para estender os seus benefícios também para fósforo e potássio.

“A adoção de um considerável número de tecnologias em várias frentes do processo produtivo tem permitido produzir altos volumes, com alta qualidade, de forma sustentável sob todos os aspectos, além de permitir que as florestas do País sejam protegidas tanto nas propriedades agropecuárias quanto em áreas nativas”, diz Guy de Capdeville.

Informação está em estudo da Embrapa, que reuniu dados de pesquisas com esse tipo de tecnologia feitas nos últimos 40 anos   O uso de tecnologias chamadas de poupa-terra ajudou a economizar uma área superior a 71 milhões de hectares de plantio apenas na cultura da soja. A conclusão é de pesquisa da Embrapa, que mediu o impacto de modos mais sustentáveis de manejo na agricultura.    Tecnologia poupa-terra, segundo a instituição, é a adotada pelo setor produtivo que, por sua eficiência, evitam a abertura de novas áreas de cultivo. Ao mesmo tempo, permite aumentos sustentáveis de produção em uma mesma área. Entre os exemplos, estão o plantio direto, fixação biológica de nitrogênio e integração lavoura-pecuária-floresta.   De acordo com os pesquisadores, o uso desse tipo de tecnologia contribuiu também com a fruticultura brasileira. Segundo eles, a produção mundial de frutas é de cerca de 930 milhões de toneladas em pouco mais de 80 milhões de hectares. Já o Brasil produz 42,4 milhões de toneladas em 2,5 milhões de hectares.   Entre 1990 e 2018, o aumento de produtividade da fruticultura nacional foi de 64%, mencionam, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia de área foi superior a 900 mil hectares, considerando a produção de 11 frutas: laranja, banana, melancia, manga, limão, uva, maçã, melão, tangerina, abacaxi e mamão.   Outra cultura beneficiada pela tecnologia poupa-terra foi a do algodão, destaca o informe da Embrapa. A produção mais do que triplicou, enquanto a área encolheu a menos da metade. De 1976 a 2019, a produção cresceu de 1,2 milhão para 4,3 milhões de toneladas, enquanto a área foi reduzida de quatro milhões de hectares para 1,7 milhão.   “Esse resultado é fruto de várias tecnologias, entre as quais se destacam: cultivares melhoradas geneticamente, plantio direto, que abrange técnicas sustentáveis de manejo do solo, e o cultivo do algodão em sistemas ILPF, entre outras”, diz o o engenheiro-agrônomo da Embrapa Samuel Telhado.   40 anos de pesquisas   O estudo foi liderado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa e contou com a participação de mais de 50 pesquisadores de nove unidades da instituição. Os dados foram reunidos a partir de pesquisas realizadas nas últimas quatro décadas e compilados em uma publicação sobre tecnologias poupa-terra.   Entre as mais consolidadas, a integração lavoura-pecuária-floresta passou de 11 milhões de hectares em 2015 para 17 milhões atualmente. De acordo com a empresa de pesquisa, é o sistema agroflorestal mais utilizado no país, representando 83% do total.   “São modelos de produção que se adaptam com facilidade a todas as regiões brasileiras e têm sido bastante importantes para o aumento de renda e geração de empregos na região Nordeste do País, a partir do consórcio de macaúba com outras culturas”, explica Guy de Capdeville, diretor de pesquisa da Embrapa.   Outra tecnologia, a da fixação biológica do nitrogênio, gera uma economia anual de US$ 7 bilhões a US$ 10 bilhões na cultura da soja, já que dispensa a utilização de fertilizantes nitrogenados. A fixação é realizada por bactérias presentes ou inoculadas no solo. Segundo a Embrapa, cientistas trabalham para estender os seus benefícios também para fósforo e potássio.   “A adoção de um considerável número de tecnologias em várias frentes do processo produtivo tem permitido produzir altos volumes, com alta qualidade, de forma sustentável sob todos os aspectos, além de permitir que as florestas do País sejam protegidas tanto nas propriedades agropecuárias quanto em áreas nativas”, diz Guy de Capdeville.