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Pesquisa

Pesquisa desenvolve método para determinar origem do biodiesel


BiodieselBR.com - 16 mai 2012 - 10:26
Espectofotometro1605Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), coordenada pelo químico Germano Véras, pretende construir equipamento dedicado a classificar a origem do biodiesel de forma rápida, pouco custosa, não invasiva e sem destruir amostras de biodiesel. Por meio da espectrofotometria, técnica que consiste em analisar aspectos biológicos, químicos e físicos pela luz, Véras garante ser possível avaliar a matéria-prima usada no combustível rapidamente.

Embora seja possível adaptar o software desenvolvido ao espectrofotômetro, aparelho que mede a quantidade de energia absorvida por determinada solução, o objetivo é construir equipamento portátil dedicado a classificar o combustível. “A intenção é dar o primeiro passo rumo à rastreabilidade completa do ciclo do biodiesel”, explica. O software já existe, mas a elaboração do equipamento depende da negociação entre as empresas interessadas, a universidade e o pesquisador, detentores da patente. 

Entre as possíveis melhorias com a tecnologia, está a avaliação do desempenho dos diversos tipos de fontes do combustível, desde os mais usados, como a soja, até os aproveitados em menor escala, como o algodão. Por meio do Fórum dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), a técnica será apresentada na Conferência Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. 

O sistema de classificação também pode auxiliar na tributação de forma diferenciada, além de possibilitar a verificação de qualidade e origem dos produtos.

Incentivo
A classificação da matéria-prima do biodiesel permite ao Brasil incentivar a produção de outros tipos de insumos usados em menor escala, na avaliação de Véras. Em 2010, a Soja deteve 78% do mercado, seguida pela gordura animal, com 16%. Algodão e outras fontes somaram os 6% restantes. “Se o Brasil pretender tratar as oleaginosas de forma distinta, será possível fazer isso com a tecnologia ou o equipamento”, diz o pesquisador.

Vinicius Boreki - BiodieselBR.com