Pesquisa desenvolve método para determinar origem do biodiesel

Embora seja possível adaptar o software desenvolvido ao espectrofotômetro, aparelho que mede a quantidade de energia absorvida por determinada solução, o objetivo é construir equipamento portátil dedicado a classificar o combustível. “A intenção é dar o primeiro passo rumo à rastreabilidade completa do ciclo do biodiesel”, explica. O software já existe, mas a elaboração do equipamento depende da negociação entre as empresas interessadas, a universidade e o pesquisador, detentores da patente.
Entre as possíveis melhorias com a tecnologia, está a avaliação do desempenho dos diversos tipos de fontes do combustível, desde os mais usados, como a soja, até os aproveitados em menor escala, como o algodão. Por meio do Fórum dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), a técnica será apresentada na Conferência Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
O sistema de classificação também pode auxiliar na tributação de forma diferenciada, além de possibilitar a verificação de qualidade e origem dos produtos.
Incentivo
A classificação da matéria-prima do biodiesel permite ao Brasil incentivar a produção de outros tipos de insumos usados em menor escala, na avaliação de Véras. Em 2010, a Soja deteve 78% do mercado, seguida pela gordura animal, com 16%. Algodão e outras fontes somaram os 6% restantes. “Se o Brasil pretender tratar as oleaginosas de forma distinta, será possível fazer isso com a tecnologia ou o equipamento”, diz o pesquisador.
Vinicius Boreki - BiodieselBR.com