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Pesquisa

Maioria defende transição energética no transporte público, diz pesquisa


A Tribuna - 23 nov 2020 - 09:08

Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) para a Ideia Big Data indica que 92% da população brasileira concorda com a eletrificação dos ônibus e defende que o transporte público deve ser qualificado, além de ter a percepção de que a transição energética é mais sustentável do que veículos a diesel. Os dados foram apresentados na última quinta-feira, durante a 1ª Conferência da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME).

O evento foi realizado entre segunda e quinta-feira, semana da mobilidade elétrica. Em formato virtual, a 1ª Conferência da PNME debateu o tema e reuniu especialistas nacionais e internacionais, que apontaram os caminhos para o tema no País. A iniciativa teve 17 painéis e com mais de 50 palestrantes de organizações nacionais e internacionais do setor público e privado.

A pesquisa foi realizada com 2 mil entrevistados compara dados coletados em 2017 com 2020, e se refere ao uso de combustíveis fósseis e a transição energética. Comparando com a edição anterior, registra-se o crescimento de 46% para 71% em 2020 de probabilidade entre os entrevistados de comprar um carro elétrico.

“A percepção da população em comprar um carro elétrico está se tornando uma realidade. Há um desejo e as pessoas entendem que é um caminho”, comentou o coordenador do portfólio de Transportes no iCS (Instituto Clima e Sociedade), Marcel Martin.

Comparando os resultados dessa pesquisa com a realizada em 2017, destaca-se o fato de que em 2020 mais que dobrou o número de pessoas que identificam como muito negativo o impacto do uso de combustíveis derivados do petróleo na qualidade do ar (11% para 25%) e nas mudanças climáticas (13% para 25%), o que reforça a hipótese de uma ampliação de consciência da população com relação a este aspecto dos combustíveis de base fóssil.

O Brasil precisa reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, conforme o compromisso firmado, em 2016, no Acordo de Paris da Convenção de Clima da ONU (Organização das Nações Unidas).