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Pesquisa

Estudantes do IFMS identificam antioxidante para o biodiesel em planta do cerrado


IFMS - 18 fev 2020 - 09:39

Uma planta típica do cerrado – a cagaita ou cagaiteira – possuem compostos que podem retardar a oxidação do biodiesel. Essa foi a conclusão de uma pesquisa desenvolvida por estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Intitulado "Obtenção, síntese e caracterização de ésteres metílicos e etílicos do óleo obtido a partir das sementes de cagaita (Eugenia dysenterica)", o estudo foi desenvolvido ao longo dos dois últimos anos e teve seus resultados publicados na revista cientifica Renewable Energy (Energias Renováveis, em português)

Pesquisa

Durante a pesquisa, os estudantes avaliaram o efeito da adição de um extrato produzido com folhas de cagaita em amostras de biodiesel de soja, visando comparar o efeito da degradação oxidativa durante o período de armazenamento de 120 dias. “Devido à preocupação com o caráter não renovável dos antioxidantes sintéticos, surgiu a ideia de buscar alternativas com bom desempenho e que possam ser obtidas de fontes naturais e renováveis”, explica o coordenador da pesquisa e professor de Química do IFMS, Rafael Rial.

“É importante a realização de estudos que avaliam a estabilidade do biodiesel com adição de antioxidantes, visando inibir a oxidação desse combustível, para garantir que o consumidor final tenha biodiesel de qualidade”, complementa. Desde agosto do ano passado, a especificação nacional do biodiesel passou a exigir que os fabricantes adicionem antioxidantes a seus produtos.

Resultado

A pesquisa mostrou que o extrato de cagaita atuou como um aditivo viável para retardar a oxidação do biodiesel, principalmente em comparação com a quercetina – outro antioxidante bastante utilizado. “Notou-se que as amostras adicionadas ao extrato foram mais eficazes em retardar a oxidação do biodiesel, em vez da quercetina”, destaca Rafael.

O desenvolvimento do trabalho teve a participação dos estudantes Píter Santos e Luiz Felipe Melo, ambos do curso técnico integrado em Agropecuária, que atuaram como bolsistas de iniciação cientifica, e do técnico de laboratório do IFMS em Nova Andradina, Reginaldo Barbosa.

O estudo também teve a colaboração de profissionais do Instituto de Química da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Inqui-UFMS) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

Um resumo do trabalho pode ser acessado clicando aqui.

Com adaptação BiodieselBR.com