Petrobras reduz nível de emissões de gases no refino
A Petrobras atingiu em junho o melhor resultado histórico mensal de intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEF) no refino. No mês, a estatal atingiu 36,7 quilos de gás carbônico equivalente por “complexity weighted tonne”, indicador que considera as emissões dos demais gases GEF, como o metano. A intensidade de emissão energética do refino, medida em pontos, melhorou. O indicador alcançou o melhor patamar histórico mensal, de 102,5 pontos, comparado aos 105,9 pontos de igual período de 2022. De janeiro a junho de 2023, o índice atingiu 105 pontos ante os 107,7 pontos do acumulado em junho de 2022.
“Os resultados demonstram a consistência das ações do Programa de Refino de Classe Mundial (RefTOP), concebido pela Petrobras para posicionar a companhia entre as melhores refinadoras de petróleo no mundo”, diz a estatal em nota. A Petrobras tem a meta de, até 2025, reduzir as emissões de GEF para o limite de 36 kg de CO2 equivalente e baixar a intensidade energética no refino a 89 pontos.
Desde o início do programa, em 2021, até junho, a redução do consumo de gás natural foi de 24%. Isso indica queda da emissão de GEF equivalente a mais de 63 mil ônibus urbanos circulando 5 dias por semana, 200 km por dia. “O RefTOP é o principal programa da companhia para alavancar o desempenho de nossas operações de refino e posicionar a Petrobras entre os melhores refinadores do mundo”, disse em nota o diretor de processos industriais e produtos da Petrobras, William França da Silva.
O plano estratégico da estatal de 2023 a 2027 destina US$ 3,7 bilhões para descarbonização das suas operações. Desse valor, o programa RefTOP tem previsão de investimentos de US$ 813 milhões. Estão previstos 148 projetos, sendo 100 deles para aumento da eficiência energética. O programa pretende ainda elevar a disponibilidade operacional para o patamar de 97% nas refinarias e alcançar a capacidade de processamento de 100% do óleo do pré-sal nas unidades. A companhia também tem como objetivo zerar as emissões líquidas de carbono (conhecido como “net zero”) até 2050.
A Petrobras deve divulgar o novo plano estratégico, para o período 2024-2028, em novembro, mas já informou quais devem ser as diretrizes. Os elementos aprovados pelo conselho de administração em maio preveem direcionar de 6% a 15% do investimento para projetos de baixo carbono.
Kariny Leal – Valor Econômico
