Câmara de São Paulo adia meta de combustível limpo em ônibus
A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou na terça-feira (12) projeto de lei que adia o prazo em 20 anos o prazo para que os coletivos deixem de usar combustíveis fósseis.
Pela meta prevista na Lei de Mudanças Climáticas, de 2009, a cidade de São Paulo deveria ter veículos 100% limpos o próximo ano. Mas o município não conseguirá cumprir o prazo. Atualmente, menos de 2% dos 14 mil ônibus da cidade usam combustíveis alternativos.
O projeto prevê ainda que, em dez anos, os coletivos devem reduzir as emissões de dióxido de carbono pela metade e de material particulado em 90%. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado em segunda instância e sancionado pelo prefeito João Doria.
O texto também prevê o retorno da inspeção veicular à capital como ferramenta para melhorar a qualidade do ar. Pelo projeto, a inspeção seria obrigatória para automóveis com mais de três anos e seria realizada a cada dois anos.
O prefeito João Doria já afirmou que defende a realização da inspeção de forma gratuita. Algumas categorias, porém, poderão pagar multa se estiverem em desacordo com as inspeções. As sanções chegarão a R$ 5 mil para caminhões e fretados, segundo o projeto de lei que tramita na Câmara.
O texto aprovado foi feito com participação de ONGs ligadas ao meio ambiente e traz medidas mais rígidas em relação a projetos anteriores. O substitutivo é assinado pelos vereadores Milton Leite (DEM), que é presidente da Casa, Gilberto Natalini (PV) e Caio Miranda Carneiro (PSB). Segundo a Câmara, são também autores os vereadores Adilson Amadeu (PTB), Senival Moura (PT), Ricardo Teixeira (PROS), Alessandro Guedes (PT), Conte Lopes (PP) e João Jorge (PSDB).
Márcio Pinho – G1
Com adaptação de BiodieselBR.com