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Soja

Preço da soja ensaia alta após previsão de clima seco na Argentina


Globo Rural - 25 jan 2024 - 10:20

Os preços da soja seguiram a tendência de alta observada nas últimas sessões na bolsa de Chicago. Nesta quarta-feira (24/1), os lotes para março avançaram 0,06%, a US$ 12,4025 o bushel, a quarta elevação consecutiva.

Além de correções técnicas, motivadas após os futuros se aproximarem de US$ 12 o bushel, os valores da soja avançaram com preocupações sobre o clima na Argentina, onde a colheita foi recém-concluída.

“Desde a semana passada, os modelos de clima no país chamam a atenção. Eles mostram uma previsão de 15 dias de tempo quente e seco. A confirmação desse cenário teria forças para sustentar os preços da soja acima dos US$ 12,50 o bushel”, destaca Vlamir Brandalizze, consultor de mercado.

Ainda segundo ele, os investidores também olham para o ritmo lento de vendas da oleaginosa no Brasil, uma vez que os preços estão em queda, a despeito da indicação de quebra de safra.

Esses fatores, no entanto, não tiram o viés de baixa esperado pela soja no curto prazo.
“Caso as projeções de clima ruim na Argentina não se confirmem, o preço pode voltar para abaixo dos US$ 12 o bushel em duas semanas”, projeta Brandalizze.

Milho

O milho se valorizou na bolsa de Chicago nesta quarta-feira (24/1). Os contratos para março subiram 1,29%, para US$ 4,5225 o bushel.

Os preços futuros tentam se afastar de uma mínima de três anos no pregão, pautado pelo sentimento de oferta ampla nos Estados Unidos.

Já no curto prazo, as dificuldades logísticas para escoar milho americano favorecem a pressão de alta, de acordo com Vlamir Brandalizze, consultor de mercado.

“Tem muito milho para ser exportado nos EUA que precisa chegar a destinos da Ásia. Mas com os problemas logísticos no Canal de Suez e no Canal do Panamá, existe um tempo extra de três semanas para concluir o embarque. O comprador asiático vê com preocupação esse cenário, pois o preço de chegada da mercadoria será impactado”, comenta.

Trigo

O trigo avançou na bolsa de Chicago apoiado por movimentos técnicos e ainda por questões macroeconômicas. Os contratos que vencem em março subiram 2,39%, a US$ 6,1075 o bushel.

Segundo a consultoria Granar, o trigo avançou no mercado internacional porque o dólar está desvalorizado em relação ao euro, cenário que favorece a competitividade das exportações americanas.

“Esta situação, somada à recuperação nos preços do milho, impulsiona compras de oportunidade por parte dos investidores, dado o nível de preços dos cereais permanece deprimido”, destaca a Granar, em relatório.

Paulo Santos – Globo Rural