Preço da soja começa a semana em baixa no mercado brasileiro
O preço da soja caiu no mercado brasileiro, na segunda-feira (18), apesar da alta na bolsa de Chicago. O avanço do plantio da oleaginosa nas principais regiões produtoras e a expectativa de uma produtividade superior à da safra passa pressionam as cotações domésticas.
De acordo com a consultoria AgRural, a semeadura da safra 2024/25 chegou a 80% da área no Brasil até o fim da semana passada. Uma semana antes, a proporção estava em 67%. No mesmo período no ano passado, as máquinas haviam percorrido 68% das lavouras da oleaginosa.
A empresa informou, em boletim, que o trabalho de campo segue acelerado no Rio Grande do Sul e nos estados que integram o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). E o desenvolvimento das áreas já semeadas tem sido positivo, ainda que, em algumas regiões, chova de forma irregular.
Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima a projeção para a colheita brasileira de soja, para 166,14 milhões de toneladas, aumento de 12,5% em comparação com a temporada 2023/24. A área plantada deve aumentar 2,6%, e a produtividade, subir 9,6% na mesma comparação.
"As recentes chuvas intercaladas de sol vêm favorecendo a semeadura da safra 2024/25 de soja, com as atividades estando, agora, adiantadas em relação a igual período da temporada anterior. Vale lembrar que a atual safra iniciou em meio a condições climáticas adversas no Brasil", destacou, nesta segunda-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
A expectativa positiva para a safra nova diminuiu o ritmo de negócios. Compradores ficaram ausentes do mercado disponível na última semana. Vendedores também, enquanto avaliam o movimento da taxa de câmbio e as estimativas que, pelo menos até o momento, apontam para aumento da oferta de soja.
Neste cenário, o indicador do Cepea com base no Porto de Paranaguá (PR) caiu 0,97% em comparação com a última quinta-feira (14/11) e ficou em R$ 142,21 a saca de 60 quilos. Na parcial do mês, a referência acumula retração de 1,17%.
Levantamento do Valor Data com dados da Scot Consultoria mostrou baixa na maior parte das praças de comercialização no país. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca valia R$ 133 (-2,56%); Em Rio Verde (GO), R$ 135 (-0,74%); Em Balsas (MA), R$ 129 (-2,33%); No Triângulo Mineiro, R$ 140 (estável); e em Dourados (MS), R$ 141 (-1,05%).
Nos portos, a soja foi cotada a R$ 143 (-0,69%) em Santos (SP), mesmo valor da saca de 60 quilos no porto de Rio Grande (RS).
Na bolsa de Chicago, a soja fechou em alta, após ajustes técnicos realizados por fundos. Os contratos futuros para janeiro, os mais negociados, subiram 1,13%, a US$ 10,0975 o bushel.
Luiz Eduardo Minervino – Globo Rural{/viewonly}
