Preço da soja cai em parte das regiões do Brasil
O preço da soja caiu em boa parte das praças do Brasil nesta quinta-feira (7/11), apesar da alta do grão na bolsa de Chicago e da estabilidade do dólar em relação ao real. Em Paranaguá (PR), o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ficou em R$ 143,26 a saca de 60 quilos, 0,42% abaixo do registrado na quarta-feira (6/11). Nestes primeiros dias de novembro, a referência acumula retração de 0,44%.
Levantamento do Valor Data, com base nos dados da Scot Consultoria, mostram retração dos preços na maior parte das regiões pesquisadas. Em Ponta Grossa (PR), a soja foi negociada a R$ 139,50 a saca (-0,71%). Em Goiás, o dia foi de estabilidade nas cotações, com a soja negociada a R$ 135 em Jataí e a R$ 136 em Rio Verde. No Triângulo Mineiro, queda de 1,08%, com a saca valendo R$ 137. Nos portos, soja cotada a R$ 142 (-1,39%) em Santos (SP) e R$ 140 (-2,1%) em Rio Grande (RS).
Em Mato Grosso, os números da Scot compilados pelo Valor Data mostram um dia de valorização. Em Rondonópolis, alta de 0,33%, com a saca do grão valendo R$ 152,50, mesma variação de Primavera do Leste, onde 60 quilos de soja foram negociados a R$ 151,50.
Na Bahia, também houve aumento. Em Luis Eduardo Magalhães, a saca foi negociada a R$ 133, 0,38% a mais que na quarta-feira, segundo a Scot. A Associação dos Agricultores e Irrigantes do Estado (Aiba) registrou cotação média de R$ 129,70 no mercado disponível.
Também nesta quinta-feira (7/11), a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, em relatório mensal de mercado, divulgou que os embarques de soja brasileira desaceleraram em outubro, o que levou a entidade revisar para 98 milhões de toneladas a previsão de exportações para este ano.
Em outubro, os embarques somaram 4,44 milhões de toneladas. Em novembro, devem ser de 2,45 milhões. Nos cálculos da Anec, o país deve chegar ao fim deste mês contabilizando 96 milhões de toneladas embarcadas, o que deixaria um volume de apenas 2 milhões para dezembro.
Quanto aos destinos da oleaginosa brasileira, a China lidera esse ranking em 2024 com 71,1 milhões de toneladas (76%), seguida da Espanha, com 4,1 milhões de toneladas (4%) e da Tailândia, com 2,5 milhões de toneladas (3%).
No mercado internacional, a soja teve um dia de alta na Bolsa de Chicago. Definido o resultado da eleição nos Estados Unidos, com vitória do republicando Donald Trump, os operadores voltaram seus olhares para os fundamentos de oferta e demanda. A alta do óleo de soja, de mais de 4% na sessão, puxou para cima os preços do grão. O contrato para janeiro fechou a US$ 10,26 o bushel, valorização de 2,24%.
Luiz Eduardo Minervino – Globo Rural