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Soja

Commodities: Processamento recorde de soja nos EUA faz o grão subir em Chicago


Valor Econômico - 16 dez 2020 - 09:51

Após a Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas (Nopa, na sigla em inglês) ter informado que o esmagamento de soja nos EUA acabou de bater recorde para meses de novembro, os preços da oleaginosa subiram nesta terça-feira na bolsa de Chicago.

Os papéis para janeiro subiram 1,26% (14,75 centavo de dólar), para US$ 11,8425 o bushel, enquanto os lotes para março registraram alta de 1,21% (14,25 centavos de dólar), para US$ 11,8875 o bushel.

Segundo informações divulgadas pela Nopa, foram processadas 4,93 milhões de toneladas de soja nos EUA em novembro, o terceiro maior volume mensal da história. O mercado esperava 4,9 milhões de toneladas, segundo a agência Reuters. Em outubro, foram 5,04 milhões de toneladas e em novembro de 2019, 4,49 milhões.

No mercado de milho, os contratos para março registraram elevação de 0,18% (0,75 centavo de dólar), cotados a US$ 4,2475 o bushel.

Os preços do cereal registraram esse leve aumento em parte por causa da expectativa de aumento das exportações americanas de etanol — nos EUA, o milho é a principal matéria-prima para a produção do biocombustível. “O sudeste da Ásia é um mercado de grande crescimento para o etanol americano”, afirmou Kevin Ross, da Associação Nacional de Produtores de Milho.

Para Ross, a Europa também é encarada como um potencial destino para o etanol dos EUA, embora isso exija mais negociações comerciais.

Na semana encerrada em 4 de dezembro, a produção média de etanol nos EUA foi de 991 mil barris por dia, 1,7%, ou 17 mil barris, a mais que a média diária da semana anterior, segundo dados divulgados na semana passada pela Administração de Informação de Energia do país (EIA, na sigla em inglês).

Nas negociações do trigo, os preços subiram nesta terça-feira após terem passado por uma realização de lucros dos investidores na sessão anterior. Os futuros com entrega para março terminaram cotados a US$ 5,9975 o bushel, uma elevação de 0,54% (3,25 centavos de dólar).

Os traders seguem acompanhado a notícia divulgada na segunda-feira de que o Ministério da Agricultura da Rússia adotará um imposto de 25 euros para cada tonelada de trigo que o país exportar entre 15 de fevereiro e 30 de junho. Nesse mesmo período, além do tributo, os exportadores terão uma cota de 17,5 milhões de toneladas para a venda de todos os grãos (trigo, milho, cevada, centeio).

Analistas disseram que as medidas devem frear as vendas russas e favorecer as americanas. Andrey Sizov, da consultoria russa SovEcon, por exemplo, acredita que a taxação reduzirá as exportações de trigo da Rússia para algo entre 37,8 milhões e 38,8 milhões de toneladas, ante estimativa anterior de 40 milhões de toneladas.

Naiara Albuquerque e Fernanda Pressinott – Valor Econômico