Bunge e CP Foods testam tecnologia de blockchain para rastrear soja
A Bunge e a empresa tailandesa BKP, do grupo CP Foods, testaram uma tecnologia de transmissão de dados em blockchain que assegurou que cargas de farelo de soja embarcadas do Brasil à Tailândia não foram oriundas de áreas com desmatamento após 2020.
Até o momento, já foram embarcadas 185 mil toneladas de farelo de soja em três navios com a tecnologia. As duas empresas planejam realizar mais três embarques, de mais 180 mil toneladas no total, com dados em blockchain até julho.
A plataforma de blockchain utilizada permite que o cliente tenha acesso a dados de rastreabilidade da soja desde a fazenda, envolvendo diversos critérios socioambientais, incluindo a pegada de carbono da produção negociada e se as fazendas adotam práticas regenerativas.
Os embarques com os dados rastreados “representam um marco significativo para a Charoen Pokphand Foods alcançar cadeias de abastecimento 100% livres de desmatamento até 2025”, afirmou Paisarn Kruawongvanich, CEO da BKP. A CP Foods tem como meta assegurar o consumo de commodities livre de desmatamentos ocorridos após 2020.
O desenvolvimento da plataforma é resultado de uma parceria entre a Bunge e a BKP feita em outubro do ano passado para abranger a rastreabilidade de oleaginosas e seus derivados com destino a diversos países na Ásia.
A Bunge já monitora todos os seus fornecedores diretos de soja e espera concluir o monitoramento de toda a sua cadeia indireta de fornecimento até o ano que vem.
Camila Souza Ramos – Globo Rural