Brasil desbanca Argentina como maior exportador de farelo de soja
Após 25 anos e uma seca severa, a Argentina cedeu para o Brasil o posto de maior exportador mundial de farelo de soja. Segundo a Bolsa do Comércio de Rosário (BCR), as vendas externas do subproduto argentino devem ser de 21,1 milhões de toneladas, enquanto o Brasil deve negociar 21,5 milhões na safra 2022/23.
“O farelo de soja destaca-se como o principal produto de exportação da Argentina. No entanto, o impacto da seca levou a uma queda na produção argentina de farelo de soja para a atual campanha, enquanto o Brasil registrou um volume recorde de colheita da oleaginosa e, posteriormente, de produção de farelo”, disse a BCR, em comunicado”.
“Como consequência, pela primeira vez desde 1997/98, a Argentina perderá a posição de principal exportador mundial de farelo de soja e será superada pelo Brasil”, acrescentou.
A Bolsa de Rosário lembra que a oferta de farelo soja argentino vem diminuindo nos últimos anos. Enquanto na temporada 2010/11 dezessete por cento da produção global do produto estava localizada no país, esse percentual diminuiu para 13% em 2020/21 e reduziu para 10% para a campanha atual.
Além disso, a produção de farelo de soja, que chegou a 30,3 milhões de toneladas em 2021/22, caiu 22% no ciclo subsequente, para 23,6 milhões, o menor volume desde 2004/05.
Já para o novo ciclo, com a expectativa de que o El Niño beneficie o regime de chuvas na Argentina, a oferta de farelo de soja deve aumentar 14%, para 26,9 milhões de toneladas.
