Mudança em incentivos para biocombustíveis nos EUA deve impactar exportações brasileiras de OGRs
Os exportadores brasileiros que trabalham com sebo bovino e óleo de cozinha usado dificilmente terão muito a comemorar este ano. Segundo um relatório divulgado pelo Itaú BBA, as exportações desses dois produtos para os Estados Unidos devem sofrer uma freada brusca em função de mudanças nas regras dos subsídios concedidos por Washington aos produtores de biocombustíveis do país.
As mudanças aconteceram ainda em janeiro deste ano, quando o Departamento do Tesouro do governo norte-americano substituiu os antigos Créditos Tributários para Mistura (BTC, no original) pelos Créditos de Produção de Combustíveis Limpos (CFPC), criados pela Lei de Redução da Inflação aprovada ainda sob o governo de Joe Biden.
O antigo incentivo pagava aos distribuidores US$ 1 por cada galão de biodiesel ou de diesel verde adicionado aos combustíveis fósseis. No novo esquema, o crédito será pago diretamente aos fabricantes de biocombustíveis com base em uma fórmula que leva em conta a intensidade de carbono dos produtos.