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Resíduos pesqueiros vão virar biodiesel no Amazonas


A Crítica - 27 ago 2018 - 16:35

Pesquisadores do Instituto Transire – instituição de pesquisa localizada em Manaus – vão passar a aproveitar resíduos da indústria de pescado para fabricar biodiesel que será consumido pelo frigorífico Iranduba Pescados, instalado no município homônimo, a 27 km de Manaus.

Em até 30 dias, a empresa vai começar a utilizar o combustível para movimentar seus geradores de energia. Com a medida, o Iranduba Pescados planeja reduzir em até R$ 1,2 milhão por ano o gasto com energia elétrica. “Uma coisa que era lixo vai trazer uma economia de R$ 100 mil por mês”, explica Gilberto Novaes, presidente do Instituto Transire. O valor representa cerca de dois terços do custo que a Iranduba Pesacados tem mensalmente com eletricidade.

Além da economia de recursos, a medida também vai reduzir a quantidade de resíduos descartados pela indústria pesqueira da Amazônia. “A matriz econômica do pescado só se desenvolve durante quatro meses do ano, devido ao período de defeso. Agora, como a energia pode ser mais barata, você consegue estocar por mais tempo e deixar rodando a economia mesmo nesse período”, comenta o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento do Insituto Transire, Clemilton Gomes.

A PBio vem trabalhado com um sistema parecido desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela compra o óleo gerado a partir de vísceras de tilápias produzidas por aquicultores que atuam nos açudes do estado do Ceará.

A produção do biodiesel de peixe

O frigorífico Iranduba Pescados produz farinha a partir dos restos de peixe. A intenção de aproveitar o óleo que sobra levou os pesquisadores a desenvolverem os estudos para a produção do biodiesel.

Entusiasta do biodiesel de peixe, Novaes espera que, no futuro, o biocombustível para uso em veículos e no abastecimento energético de municípios e comunidades do interior do Amazonas.

Adaptação BiodieselBR.com