OGRs responderam por 35,8% do diesel de biomassa produzido em 2022
Não é só a atmosfera que ganha quando o diesel fóssil é trocado por combustíveis renováveis. A produção de diesel de biomassa também vem criando oportunidades para o aproveitamento de volumes cada vez maiores de óleos e gorduras residuais (OGRs). Só no ano passado, a indústria de biodiesel e de diesel verde absorveram quase 18,8 milhões de toneladas de materiais que, antes, teriam sido descartados.
A estimativa faz parte de um conjunto de dados sobre a produção global de diesel de biomassa divulgado nessa última sexta-feira (18) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O volume é recorde e vem crescendo ano após ano. Em 2006 – ano em que o órgão do governo norte-americano passou a compilar dados sobre a produção de diesel de biomassa – o segmento consumia menos de 673,6 mil toneladas de OGRs por ano. De lá para cá, a demanda se multiplicou 28 vezes.
{viewonly=registered,special}Não é só a atmosfera que ganha quando o diesel fóssil é trocado por combustíveis renováveis. A produção de diesel de biomassa também vem criando oportunidades para o aproveitamento de volumes cada vez maiores de óleos e gorduras residuais (OGRs). Só no ano passado, a indústria de biodiesel e de diesel verde absorveram quase 18,8 milhões de toneladas de materiais que, antes, teriam sido descartados.
A estimativa faz parte de um conjunto de dados sobre a produção global de diesel de biomassa divulgado nessa última sexta-feira (18) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O volume é recorde e vem crescendo ano após ano. Em 2006 – ano em que o órgão do governo norte-americano passou a compilar dados sobre a produção de diesel de biomassa – o segmento consumia menos de 673,6 mil toneladas de OGRs por ano. De lá para cá, a demanda se multiplicou 28 vezes.
Já o consumo de óleos vegetais virgens avançou 6 vezes indo de 5,66 milhões de toneladas em 2006 para 33,6 milhões de toneladas no ano passado.
Óleo de cozinha
O principal contribuinte para esse volume é – de longe – o óleo de cozinha usado que representou um pouco mais da metade do volume de OGRs no ano passado. Foram 9,83 milhões de toneladas o que dá cerca de 52,3% do total – avanço de dois e meio pontos percentuais registrados no ano passado.
Em termos gerais, o óleo de cozinha é a terceira principal matéria-prima da indústria, perdendo apenas para o óleo de palma e o de soja.
Com exceção de dois soluços nos anos de 2015 e 2020, o volume de óleo de cozinha reciclado tem crescido de forma bastante consistente ao longo dos 17 anos de dados, mostrando que a cadeia de coleta e reaproveitamento do material tem se estruturado a reboque da demanda do setor de biocombustíveis.
Na segunda posição da categoria resíduos temos as gorduras animais que representam 20,8% do total e o óleo de milho – um coproduto da produção de etanol – que ficou com uma fatia de 7,2%.
Um mix de outros materiais não especificados também crava quase um quinto do mercado total de matérias-primas.
Fatia maior
Embora o volume total de OGRs consumido tenha se mantido em ascensão durante quase todo o histórico, o mesmo não pode ser dito de seu share em relação ao total.
Depois de um crescimento bastante considerável entre 2006 (10,6%) e 2015 (34,4%), a fatia dos materiais residuais se estabilizou nas imediações de um terço do total entre 2016 até 2021.
No ano passado, contudo, tivemos um novo recorde com os OGRs atingindo a marca de 35,8% do total. Segundo o USDA, a Europa vem importando mais resíduos para compensar a oferta mais restrita de óleos e gorduras virgens no mercado local
Óleos virgens
Já entre os óleos e gorduras virgens, o óleo de palma é o que tem maior volume com mais de 14,2 milhões de toneladas enquanto o óleo de soja ficou em 11,9 milhões de toneladas.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
