Pesquisadores brasileiros e paraguaios aumentam eficiência da extração do óleo de macaúba
A Embrapa Agroenergia e a Universidade Nacional de Assunção (UNA), no Paraguai, estão desenvolvendo em parceria um conjunto de processos para a extração de óleo partir da polpa dos frutos da macaúba. Em laboratório, os cientistas já obtiveram óleo de boa qualidade por meio de métodos ambientalmente sustentáveis e capazes de aumentar o volume do produto extraído em cerca de 50%.
A macaúba é uma palmeira nativa da América do Sul que produz um óleo de alto valor. Os métodos convencionais utilizados para o processamento, por meio da prensagem simples, dos frutos da planta, no entanto, afetam a qualidade do produto final restringindo seu uso.
Para tentar resolver esse impasse. Pesquisadores paraguaios e brasileiros vêm trabalhando – primeiro nos laboratórios e atualmente numa planta-piloto – um novo método de extração do óleo da macaúba com baixo gasto energético e sem o uso de derivados do petróleo.
50%
Em função das dificuldades com o manejo e processamento, o que muitas vezes acontece é que os produtores acabam aproveitando apenas o óleo das amêndoas da macaúba reduzindo o rendimento total. O novo sistema permite um aproveitamento mais adequado dessas duas fontes de óleo aumentando, assim, a produtividade.
O próximo passo será testar os métodos desenvolvidos em um ambiente industrial. “Com os resultados desse trabalho pretendemos apoiar as iniciativas de implantação de negócios com a macaúba, aproveitando o fruto de forma mais eficiente, gerando maior viabilidade econômica com produtos de melhor qualidade”, destaca Simone Fávaro, pesquisadora da Embrapa Agroenergia.
Essa é uma entre as iniciativas de pesquisas para domesticar a macaúba e torná-la fonte de matéria-prima para o agronegócio brasileiro. No Brasil, a espécie é encontrada naturalmente em todas as regiões.
Com adaptação BiodieselBR.com