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Pinhão-manso

Pesquisadores da USP e UFSCar ajudam a desvendar o pinhão-manso


Assessoria Cena/USP - 03 jul 2013 - 12:23 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53

Pesquisas conduzidas pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP e pelo Laboratório de Fisiologia Vegetal e Cultura de Tecidos (LFVCT) da UFSCar estão contribuindo para desvendar os motivos por trás das dificuldades que vêm sendo observados nos esforços para tornar o pinhão-manso uma cultura economicamente viável.

O estudo comparou resultados obtidos pelos agricultores brasileiros com os reportados em outros países como Índia, China, Indonésia e Tanzânia apontando que, em todos os lugares, os resultados obtidos com a implantação e condução das lavouras não foram considerados animadores. Segundo os pesquisadores, a comparação dos relatos indicam que o pinhão-manso sofre com a baixa diversidade genética o que tem levado à dificuldades no hora de tentar maximizar sua produtividade.

A pesquisa descobriu que particularidades no sistema reprodutivo da espécie estão por trás da baixa variabilidade. O pinhão-manso se reproduz tanto assexuadamente quanto sexualmente por meio de um sistema misto – que combina autofecundação e fecundação cruzada –, peculiaridades que contribuem para a baixa diversidade genética. O resultado do estudo foi publicado na Alemanha.

“Nas plantas com essa particularidade não há fertilização por pólen e o desenvolvimento dos embriões se dá por divisão celular do óvulo. Conhecendo melhor o sistema reprodutivo do pinhão-manso e a presença do fenômeno o melhoramento genético da cultura torna-se mais fácil”, afirma Eduardo Andrade Bressan, um dos pesquisadores do Cena/USP responsável pelo trabalho.

“Amplamente aclamado por seu principal derivado [o óleo], o pinhão manso nunca foi considerado economicamente importante para ser melhorado geneticamente, sendo assim, a produtividade a partir de suas sementes são variáveis”, afirma Bressan. Apesar disso ele ateste que nem todas as promessas feitas pelos propositores do pinhão-manso não injustificadas, por exemplo, a espécie se dá relativamente bem em terras marginais de baixa fertilidade e pouca disponibilidade de água, contudo esses fatores afetam negativamente a produtividade.

Alternativa
Apresentado como alternativa economicamente viável para a produção de biodiesel e bioquerosene por ser uma grande fonte de óleo vegetal não comestível – devido à presença de compostos tóxicos –, o pinhão-manso parecia ser uma das soluções energéticas mais promissoras dentre as oleaginosas apresentadas pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

Contudo, o pinhão-manso ainda carece de um conhecimento técnico mais profundo. Apesar de seu óleo ser de excelente qualidade, a implantação de lavouras pelo mundo não conseguiram comprovar sua eficiência agroenergética.

Com adaptação BiodieselBR.com