Vale inicia projeto de biodiesel na Amazônia
A Vale inaugura nesta terça-feira (26) em Moju, no Pará (265 km de Belém), unidade de extração de óleo de palma na Amazônia. A partir de 2015, outra usina, que está sendo construída, irá transformar o óleo em biodiesel.
A unidade tem capacidade para extrair 25 toneladas de óleo por hora de 120 toneladas de cachos do fruto da palma.
No evento participarão o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, o presidente da Biopalma, Eduardo Ieda, e o diretor global de energia da Vale, João Coral.
A maior produtora de minério de ferro do mundo vai investir US$ 500 milhões --mais de R$ 1 bilhão-- no projeto para abastecer sua frota no país.
O objetivo do projeto é suprir a demanda por biocombustível B20 (mistura de 20% de biodiesel e 80% de diesel comum) das máquinas, equipamentos e da frota de locomotivas da empresa. Hoje, a legislação brasileira estabelece que a mistura seja de, no mínimo, 5% --porcentagem que pode dobrar até 2020.
A Vale, uma das maiores consumidoras de óleo diesel do país, diz que planta deverá ser a maior já construída no mundo. Com isso, a empresa espera reduzir a emissão de gases do efeito estufa em suas operações em 20 milhões de toneladas em 25 anos. A plantação de palma deverá contribuir ainda com o sequestro de 2 milhões de toneladas de carbono.
Agrícola
A Biopalma conta com cinco polos agrícolas na região do vale do Acará e no Baixo Tocantins, no nordeste paraense, e será responsável pela produção de 600 mil toneladas de biodiesel a partir de 2019, quando a lavoura atingirá sua maturidade.
Biopalma
Em fevereiro, a empresa adquiriu 70% da Biopalma da Amazônia S.A. Reflorestamento Indústria e Comércio por R$ 173,5 milhões.
A empresa paraense produz óleo de palma desde 2011. À época, a expectativa era atingir 500 mil toneladas de produção anual em 2019.
BiodieselBR com compilação de agências