Índia eleva importação de óleo de palma em novembro e reduz compras de soja e girassol
As importações de óleo de palma pela Índia tiveram ligeira alta em novembro, com os preços mais baixos impulsionando as compras pelas refinarias, em detrimento dos óleos de soja e de girassol mais caros, de acordo com cinco negociantes.
O aumento das importações de óleo de palma pela Índia, maior comprador mundial de óleos vegetais, pode ajudar na redução dos estoques dos principais produtores, Indonésia e Malásia, e apoiar os futuros de referência do óleo de palma da Malásia, ao mesmo tempo em que pressiona os futuros do óleo de soja dos EUA.
As importações de óleo de palma aumentaram 4,6% em relação ao mês anterior em novembro, atingindo 630.000 toneladas, de acordo com as estimativas de negociantes.
Já as importações de óleo de soja caíram 12%, para 400.000 toneladas, e as de óleo de girassol recuaram 44%, para uma mínima de dois anos de 145.000 toneladas, de acordo com as estimativas dos negociantes.
As compras totais de óleo comestível da Índia em novembro caíram 11,5% em relação ao mês anterior, atingindo o nível mais baixo em sete meses, de 1,18 milhão de toneladas, devido à redução das importações de óleo de soja e de girassol, segundo as estimativas.
As cifras de importação incluem cerca de 30.000 toneladas de remessas de óleo de soja isentas de impostos que chegaram do Nepal por meio de fronteiras terrestres, disseram os negociantes.
Compradores indianos estão aumentando as compras de óleo de palma para os embarques do próximo mês, uma vez que o produto está quase US$100 por tonelada mais barato do que o concorrente óleo de soja, disse Aashish Acharya, vice-presidente da Patanjali Foods Ltd, um dos principais importadores de óleos comestíveis.
"Em dezembro, as importações de óleo de palma podem aumentar ainda mais para 750.000 toneladas", disse ele.
A Índia compra óleo de palma principalmente da Indonésia e da Malásia, e importa óleo de soja e de girassol da Argentina, do Brasil, da Rússia e da Ucrânia.
Rajendra Jadhay – Reuters
