Após sinal verde do Cade, BBF completa aquisição da Biopalma

A Brasil BioFuels (BBF) acaba de se tornar dona da Biopalma. Ontem (19), o grupo empresarial fechou a aquisição da totalidade da participação acionária da ex-subsidiária da Vale que se dedica ao plantio e processamento e palma-de-óleo no estado do Pará. O negócio entre as duas empresas recebeu sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) cerca de um mês atrás.

Atuante principalmente no ramo de geração de energia elétrica na Região Norte onde controla 30 MW em potência instalada com previsão de chegar a 132 MW até o final de 2022, grupo BBF também atua nos segmentos de biodiesel e óleo de palma. O modelo de negócios do grupo é verticalizado com as plantações de palma-de-óleo alimentando a produção de biodiesel e o biocombustível movimentando as termelétricas do grupo.

Além de ser controlador da usina de biodiesel da Amazonbio em Ji-Paraná (RO), a BBF tem planos de instalar uma segunda unidade produtiva em Manaus (AM).

Biopalma

Adquirida pela Vale em 2011 por US$ 173,5 milhões, a Biopalma deveria servir como ponta de lança para que a mineradora entrasse no mercado de biodiesel. A ideia era que o óleo de palma produzido pela subsidiária movimentasse o maquinário nas minas e os trens das ferrovias da mineradora].

O projeto, contudo, não foi para frente.

Com a aquisição da Biopalma, a BBF passa a controlar uma área plantada maior que 63 mil hectares dos quais 7 mil hectares são de parceiros da agricultura familiar. A expectativa é que a produção de óleo vegetal se aproxime de 200 mil toneladas já no ano que vem.

Em 2019, a BBF obteve receita operacional líquida de R$ 122 milhões. O valor pago pela Biopalma não foi divulgado.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações da assessoria da BBF