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Canola

Empresa argentina investe em variedades de canola para o Brasil


Fundação Pró-Sementes - 24 out 2012 - 09:22 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Até há bem pouco tempo, a cultura de canola era praticamente desconhecida dos brasileiros. Entretanto, este cenário tem se modificado e, hoje, a canola está se consolidando como uma boa alternativa para o cultivo de inverno no Sul do Brasil.

De acordo com dados fornecidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima-se que o Brasil produzirá nesta safra 52 mil toneladas de canola. Há dois anos, a produção era de 42,2 mil toneladas.

Mesmo assim, ainda há poucas cultivares de canola disponíveis no mercado nacional. Este cenário chamou a atenção da empresa argentina Al High Tech que tem mais de 20 anos de experiência em melhoramento genético de híbridos de canola com suas sementes exportadas para o Chile, o Peru, o Uruguai e a Alemanha.

No Brasil, as cultivares da Al High Tech estão sendo submetidas a Ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) conduzidos pela Fundação Pró-Sementes com o objetivo de identificar cultivares melhor adaptadas ao país. Os ensaios estão sendo realizados pela segunda safra consecutiva em municípios do Rio Grande do Sul e do Paraná. Os locais foram escolhidos por serem regiões representativas no que se refere ao cultivo de canola no país, e também por apresentarem diferenças climáticas e de altitude. Em 2011, foram testadas 22 cultivares das quais uma foi registrada no Ministério da Agricultura – a Alht 1000. Neste ano, o número de variedades testadas foi de 11.

Segundo a coordenadora da unidade de cultivos de inverno da Fundação Pró-Sementes e responsável pelos ensaios de VCU, Kassiana Kehl já é possível atestar que as novas variedades têm boas características. Os ensaios estão mostrando que as cultivares da Al High Tech são mais produtivas que os materiais disponíveis hoje no mercado brasileiro”, avalia. “

Já o diretor técnico da Al High Tech, José Luis Albero, informa que, como o Brasil apresenta diferenças climáticas e de solo com relação à Argentina e ao Uruguai, sua empresa vem investindo no desenvolvimento de cultivares específica para o país. O melhoramento genético é feito em parceria com empresas alemãs e os híbridos possuem linhagem de origem europeia. Albero acredita que as regiões de maior altitude, como o planalto gaúcho, sejam os locais com maior potencial produtivo para a canola no Brasil. “Para esta região, faltam híbridos de ciclos mais longos, que sejam plantados logo após a colheita da soja para serem colhidos um pouco antes da semeadura do verão”, afirma o executivo.

As cultivares lançadas pela Al High Tech terão sementes produzidas na Argentina e a comercialização no Brasil deve começar já na próxima safra.