Pesquisadores dos EUA identificam microalgas mais eficiências em metabolizar carbono
Cientistas norte-americanos estão um pouquinho mais perto do objetivo de viabilizar as microalgas como uma fonte de biomassa para a produção de biocombustíveis. Há cerca de uma semana pesquisadores da Universidade Estadual de Montana (MSU, na sigla original) anunciaram a descoberta de uma nova variedade de alga que consegue atingir níveis satisfatórios de produtividade somente com o gás carbônico presente na atmosfera.
Normalmente, as microalgas precisam ser cultivadas nas proximidades de uma fonte industrial de gás carbônico – como, por exemplo, uma termoelétrica. Esse gás carbônico é usado para alimentar os tanques de cultivo e acelerar a produção de biomassa. Isso, no entanto, aumenta os custos da produção e se tornou um gargalo para que essa tecnologia atinja maturidade.
SLA-04
Esse gargalo pode se tornar menos problemático graças a uma nova variedade de microalgas identificada por pesquisadores da Universidade de Toledo em lagos do estado norte-americano de Washington. Batizada de SLA-04, essa alga evoluiu para crescer em águas com elevados níveis de carbonatos minerais.
Um efeito colateral é que a espécie se tornou particularmente eficaz em metabolizar qualquer fonte de carbono presente em seu ambiente. “Estamos realmente animados com essa descoberta”, disse diretor do Instituto de Biologia Termal da MSU, Brent Peyton, que vem pesquisando o potencial energético das algas há mais de uma década.
“[Essa descoberta] pode transformar toda a indústria de algas”, anima-se o professor do Departamento de Química e Engenharia Biológica da MSU, Robin Gerlach, que lidera o projeto.
Desenvolvimento
No momento a equipe está trabalhando para sequenciar o DNA da espécie em busca dos genes mais promissores para otimizar sua capacidade de metabolizar carbono do ambiente. Os pesquisadores também deverão passar a editar os genes da espécie para aumentar a produção e acumulo de lipídios.
O projeto deverá durar três anos e conta com um financiamento de US$ 3 milhões do Departamento de Energia do governo dos Estados Unidos e outros US$ 1,3 milhão em recursos da própria MSU
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações MSU{/viewonly}