Estiagem causa perda da safra na região de Irecê
Problema atinge várias culturas tradicionais no estado, como mamona, soja e milho.
Segundo Maia, a estiagem atravessou o mês de janeiro.
A estiagem prolongada está causando sérios prejuízos para a agricultura baiana. Em algumas regiões produtoras, a situação é dramática, como é o caso de Irecê, onde a safra de feijão está praticamente perdida. A colheita de mamona, de acordo com levantamento da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), deverá apresentar uma queda da ordem de 58%. No Cerrado, o quadro não é diferente, e as estimativas indicam, por exemplo, uma redução de 16% na produção de soja e 32% de milho, este ano.
mamona, por sua vez, deve apresentar uma das maiores quedas de produção dos últimos anos, podendo chegar a 58%. O volume, segundo a companhia, cairá de 169,4 mil toneladas, em 2005, para 69,6 mil em 2006. Os números da Conab, porém, indicam que não é apenas a seca que causa estragos na cultura. De acordo com os agricultores, a elevada produção do ano passado, motivada pelo Programa do Biodíesel, provocou declínio nos preços e desestimulou os produtores, resultando em uma diminuição da área plantada em nada menos que 50%, ou seja, de 169 mil hectares para 84 mil.
esmo as áreas irrigadas estão enfrentando problemas. O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lapão, Cláudio Rodrigues, lembrou que a maioria das propriedades utiliza poços artesianos. "Mas, até mesmo os lençóis freáticos começam a secar", informou. Drama mesmo passa os 1,8 mil pequenos agricultores do município. Segundo Rodrigues, mesmo que as chuvas comecem a cair, vai ser tarde demais para o feijão. "Acho que ainda podemos recuperar o milho e parte da mamona", citou.