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Produção de biodiesel nos EUA reduz ritmo no final do ano


BiodieselBR.com - 25 out 2012 - 17:24
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Graças ao ritmo forte de produção registrado nos primeiros meses do ano, as usinas de biodiesel dos Estados Unidos quase bateram em setembro as metas estipuladas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) para 2012 inteiro. Com isso, a indústria norte-americana vai se preparando para uma desaceleração forçada pelos próximos dois meses.

De acordo com o Renewable Fuel Standart (RFS), as empresas de combustíveis dos Estados Unidos precisavam adicionar este ano 1 bilhão de galões (pouco menos de 3,8 bilhão de litros) do biocombustível no diesel mineral. Segundo o EPA, até o mês de setembro a produção de diesel renovável estava em quase 897,5 milhões de galões (3,4 bilhões de litros).

Com isso, a demanda da indústria para o último trimestre de 2012 ficou restrita a menos 35 milhões de galões por mês – praticamente um terço da média mensal de produção registrada ao longo do ano. A imprensa especializada vem especulando que, no máximo, no começo de novembro o mandato terá sido completamente esgotado.

Conforme as metas vão sendo batidas, o valor pago nos RINs – um tipo de certificado que empresas petrolíferas podem comprar para atender as regras da EPA – despencou de US$ 1,50 para cerca de US$ 0,50 por galão de biodiesel. Assim, as margens das usinas vêm encolhendo e já há unidades paralisando suas atividades em caráter temporário.

Diferentemente do que acontece no Brasil, a lei norte-americana não determina um patamar mínimo de mistura que precisa ser cumprido. O que existem são cotas mínimas que cada empresa precisa adquirir no mercado, mas elas podem optar entre fazer a mistura fisicamente em qualquer proporção ou adquirir RINs de empresas que misturem biocombustíveis além de suas cotas.

Dessa forma, criaram-se mercados independentes tanto o produto físico, quanto para os RINs, sendo que o valor de mercado dos certificados pode ser usada como um termômetro da atividade no segmento.

Preço do sucesso
Ironicamente a desaceleração repentina é o resultado natural de um dos melhores anos já vividos pela indústria norte-americana em toda sua história.

Contrariando todas as previsões feitas no começo do ano, quando expirou o subsídio de US$ 1 por galão que Washington pagava aos fabricantes, a indústria se manteve aquecida e deverá igualar ao bom desempenho que teve em 2011 – ano em que, pela primeira vez, superou a marca de 1 bilhão de galões fabricados.

No mês passado a EPA anunciou que em 2013 a mistura obrigatória subirá para 1,28 bilhão de galões.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações Biodiesel Magazine e Indystar.com